Casa Máy > Aromaterapia > Detecção de extrapolação científica
Por aqui já criamos a expressão “sci washing” pra falar da estratégia de marketing que se utiliza de estudos acadêmicos com baixo grau de confiança pra “vender” o poder dos óleos essenciais.
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Pra dar um verniz científico à alegação, extrapolam-se os resultados de qualquer tipo de estudo.
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Abaixo está uma lista das extrapolações mais comuns na nossa área. Ligue seu detector de sci washing!
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A aromaterapia que se pretende científica precisa rezar o credo da ciência – isto é honestidade intelectual. Quando a pesquisa ainda é pré-clínica, ou quando o estudo é pouco confiável, é ético apontar isto. Veja:
– extrapolação de resultados obtidos in vitro;
– extrapolação de resultados ex vivo;
– extrapolação de resultados com cobaias animais;
– extrapolação de estudos de caso;
– extrapolação de ensaios clínicos com amostragem baixa;
– extrapolação de ensaios clínicos com resultados ditos “moles”;
– extrapolação de ensaios clínicos enviesados.
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Não é errado a aromaterapia se pretender ciência, como tampouco é errado ela se pretender uma arte terapêutica. Complicado é trocar as bolas, vendendo como evidência científica o que é anedótico ou de baixa confiança, vendendo como evidência científica o que depende muito de critérios subjetivos de cuidado e da relação de interagência.
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A aromaterapia tem muito potencial pra ganhar fortes evidências científicas. Se for o caso, chegaremos lá, como reza a cartilha da pesquisa farmacológica. Mas isto não invalida que desfrutemos de uma tradição clínica de 100 anos. É só não misturar as estações, beleza?
Beijo de cheiro, Mayra.