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Substituição de hortelã-pimenta por hortelã-do-campo

Postado às 15:36 do dia 17/04/22
A imagem mostra no alto a foto de ramos de hortelã-pimenta e, abaixo, a foto de ramos de hortelã-do-campo. A frase escrita é: substituição da hortelã-pimenta por hortelã-do-campo. Completam a imagem o desenho de uma janela aberta com floreira, que é o logo da Casa Máy e o site www.casamay.com.br

Antes de mais nada, uma curiosidade: nos anos 1960, o Norte do Paraná foi um dos maiores produtores do OE de hortelã-do-campo (Mentha arvensis) do mundo. Mas, então, a assim chamada menta-japonesa perdeu valor no mercado e os produtores foram abandonando a produção. O fato de ela se chamar japonesa é porque as primeiras sementes vieram com imigrantes japoneses ainda nos anos 1920-30. Ela ainda é cultivada no país.

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Entretanto, a hortelã mais famosa na aromaterapia é a pimenta (M. x piperita). Ambas são ricas em mentol, daí a pergunta: posso usar uma pela outra? De um modo geral, sim. Mas há detalhes.

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A hortelã-do-campo sai do destilador com uma quantidade muito maior de mentol que a hortelã-pimenta. Isto poderia impor maior cautela a seu uso, mesmo fora dos públicos de exceção, sobretudo na aplicação dérmica, devido à ação hipotérmica do mentol. Entretanto, o OE de hortelã-do-campo quase sempre é dementolizado pelo processo de resfriamento, quando o mentol se transforma em cristais que são, então, recolhidos e comercializados como isolados naturais. Se extraído por processos industriais, quase certo que você estará comprando um OE dementolizado, mas em processos artesanais é quase certo que não. Então, você terá que tomar mais cuidados com a ação hipotérmica de um OE artesanal de menta-japonesa.

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Já a toxidade das cetonas presentes em ambos os OEs, este é um capítulo controverso e inconcluso (leia nosso post sobre gestantes e hortelã-pimenta na série Questões Inconclusas). Fato é que os teores de mentona alteram-se por diversas razões nestes dois OEs, e fato é que a pulegona pode aparecer ou não neles. Por isso, se você tratar a piperita como contraindicada pra determinado público, não tem por que tratar a arvensis diferentemente.

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Salientando-se esta questão da toxidade, os usos terapêuticos são bastante semelhantes se a comparação for piperita versus arvensis dementolada. Se não souber se sua arvensis é dementolada, na dúvida, use a piperita. Já no uso sutil elas são bem equivalentes, ambas remetendo ao mito da ninfa Minthea e à reparação de injustiças.

Beijo de cheiro, Mayra.

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