Casa Máy > Aromaterapia > O futuro do sândalo-indiano na Austrália
Você deve saber duas coisas:
– que a espécie botânica do sândalo-indiano se chama Santalum album; e
– que esta espécie é lista no Red List com ameaçada de extinção.
Remonta a 1792, em Mysore, região indiana nativa do sândalo-branco, a interdição de exploração da planta, tornando-a monopólio do governo. Até 2002, quando este monopólio foi mantido, esta espécie não apenas foi explorada oficialmente, como se tornou uma das riquezas naturais mais contrabandeadas do subcontinente. Resultado: o mesmo destino que teve o pau-rosa (Aniba rosaeodora) no Brasil.
Mas então, no ano de 1999, uma indústria do agrobusiness australiano criou um projeto ousado: cultivar o sândalo-branco no país, em uma área que hoje abriga 5,5 milhões de árvores. Ao lado do plantio de sândalo-amarelo (Santalum spicatum), a empresa Quintis Sandalwood é um dos maiores produtores de produtos oriundos do sândalo-branco
Em uma história tão triunfante quanto o renascimento do pau-rosa no Brasil (graças às pesquisas do Prof. Lauro Barata sobre a viabilidade de extração do OE das folhas do pau-rosa, em vez de da madeira), hoje existe OE de sândalo de uma área agrícola sustentável.
Rico em isômeros de a- e b-santalol, o sândalo-branco os possui em quantidades muito superiores às de seus parentes, o sândalo-australiano e o da Nova Caledônia. Um OE amadeirado macio, cremoso, com grande tenacidade agora tem todo um futuro pela frente.
Foto usada: Quintis Sandalwood
Não é demais esta história?!