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HP e o Prisioneiro de Azkaban – J.K. Rowling

Postado às 11:31 do dia 05/01/18

Nesta altura, se você já leu as resenhas de HP e a Pedra Filosofal e de HP e a Câmara Secreta, deve saber que estou, desde junho do ano passado, relendo toda a série Harry Potter junto com o Book Club da Pottermore. E, à medida que o tempo vai sobrando (durante as férias escolares de verão dá pra dar um gás neste blog), vou colocando aqui minhas citações favoritas.

HP e o Prisioneiro de Azkaban

Para muitos, HP e o Prisoneiro de Azkaban é considerado o melhor filme. É difícil, na verdade, você deixar de concordar com isso, porque o surgimento de Lupin e Sirius na história aliviam a angústia existencial de Harry, e também a nossa, por tabela. Finalmente emergem coisas boas do passado dele. Esta é a força no enredo deste terceiro livro que possibilitaram uma forte e fiel adaptação pro cinema. Mas como dizer que a história não vai ficando cada vez melhor como, por exemplo, em a Ordem da Fênix, ou no …Relíquias?

De toda forma, Sirius é um ótimo personagem. Ele legitima o temperamento de Harry ao mesmo tempo que sua genialidade enquanto bruxo. Ele lhe dá uma história da qual se orgulhar, história que vamos conhecer mais quando chegar o volume ...A Ordem da Fênix. Apesar disso, a quantidade de citações favoritas que coletei do …Prisioneiro de Azkaban não foi grande. Isso mostra como a história é ágil, cheia de ação, com menos filosofia edificante em comparação com os demais da série. Os livros de Harry Potter são fortemente calcados em diálogos (o que me faz lembrar de um oficina que fiz com Torero na qual ele dizia da dificuldade de escrever diálogos… acho que lhe recomendar ler Harry Potter; será que ele leria?), há muito pouca descrição de um modo geral. Não surpreende que JK tenha escrito roteiros depois (A Criança Amaldiçoada e Animais Fantásticos), pois criar excelentes atmosferas apenas com diálogos é algo que ela domina.

Então, vamos às melhores partes!

 

Quando vender livros se torna perigoso

“Quando Harry entrou na Floreios e Borrões, o gerente veio correndo ao seu encontro.

– Hogwarts? – perguntou o homem sem rodeios. – Veio comprar os seus livros?

– Vim. Preciso…

– Saia do caminho – disse o gerente empurrando Harry para o lado com impaciência. Em seguida, puxou um par de luvas muito grossas, apanhou um bengalão nodoso e rumou para a orta da gaiola em que estavam os exemplares de O livro monstruoso dos monstros.

– Espere aí – disse Harry depressa -, já tenho um desses.

– Já? – Uma expressão de imenso alívio espalhou-se pelo rosto do gerente. – Graças a Deus. Já fui mordido cinco vezes esta manhã…

Um barulho alto de papel rasgado cortou o ar; dois livros monstruosos tinham agarrado um terceiro e começavam a destruí-lo.

– Parem com isso! Parem com isso! – exclamou o gerente, enfiando a bengala pelas grades e separando os livros à força. – Nunca mais vou ter essas coisas em estoque, nunca mais! Tem sido uma loucura! Pensei que já tínhamos visto o pior quando compramos duzentos exemplares de O livro invisível da invisibilidade, custaram uma fortuna e nunca achamos os livros… Bem… tem mais alguma coisa em que possa lhe servir?” (p. 48-49)

– Lembre sempre: existem duas situações em que vender livros é perigoso: quando o exemplar se chama O Livro Monstruoso dos Monstros, e quando se vive sob um regime ditatorial.

 

Bruxo também tem suas quimeras

” – Molly, dizem que Sirius Black é doido, e talvez seja, mas ele foi suficientemente esperto para fugir de Azkaban, e isto é uma coisa que todos supõem que seja impossível. Já faz três semanas e nem sinal dele, e não dou a mínima para o que Fudge vive declarando ao Profeta Diário, estamos tão próximos de  apanhar Black quanto estamos de inventar uma varinha que funcione sozinha.” (p. 59)

– Arrá! E a gente achava que bastaria ter uma varinha na mão, hein?!

 

Tea, of course

” – Escuta aqui, Hagrid – disse Harry -, você não pode desistir. Hermione tem razão, você só precisa é de uma boa defesa. Pode nos chamar como testemunhas…

– Tenho certeza de que já li um caso de alguém que provocou um hipogrifo – disse Hermione, pensativa – e o bicho foi inocentado. Vou procurar para você, Hagrid, e verificar exatamente o que aconteceu.

Hagrid chorou ainda mais alto. Harry e Hermione olharam para Rony, pedindo ajuda.

– Hum… e se eu fizesse uma xícara de chá para nós? – ofereceu-se o garoto.

Harry olhou para ele, espantado.

– É o que a minha mãe faz sempre que alguém está chateado – murmurou Rony, encolhendo os ombros.” (p. 180)

– Pelo amor de santo pai, Harry, como assim, espantado?! Você pode ter crescido num lar trouxa, mas certamente foi num lar inglês, não era?! Good Lord!

 

Por linhas tortas

” – Pettigrew lhe deve a vida. Você mandou a Voldemort um emissário que está em dívida com você… Quando um bruxo salva a vida de outro, forma-se um certo vínculo entre os dois… e estarei muito enganado se Voldemort aceitar um servo em dívida com Harry Potter.

– Eu não quero ter nenhum vínculo com Pettigrew! – exclamou Harry. – Ele traiu meus pais!

– Assim é a magia no que ela tem de mais profundo e impenetrável Harry. Mas confie em mim… quem sabe um dia você se alegrará por ter salvado a vida de Pettigrew.” (p. 342)

– Duas coisas: também a magia escrevia certo por linhas tortas? Segundo: até o presente momento da minha releitura (vou iniciar o Enigma do Príncipe), Harry fez bem de não confiar em Dumbledore neste ponto sobre Pettigrew, pelo contrário… foi uma lástima Harry ter salvado a vida dele.

 

Um consolo

“Você acha que os mortos que amamos realmente nos deixam? Você acha que não nos lembramos deles ainda mais claramente em momentos de grandes dificuldades?” (p. 343)

– Nesta preciso concordar com Dumbledore. E os parentes que detestamos, então? Estes não desgrudam da gente depois que partem: viram assombração! Brincadeirinhas a parte: constelação familiar, Harry, pense nesta hipótese.

 

Escrito por Mayra Corrêa e Castro (C) 2018

 

ROWLING, J. K. (Joanne K.) Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban. Tradução: Lia Wyler. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

 

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