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Tradição Francesa – o aromatograma de Valnet e Girault

Postado às 00:25 do dia 04/12/23
A imagem mostra o desenho dos 3 discos que compõem uma placa de Petri com legendas e a frase: Tradition Française: o aromatograma. Valnet e Girault )1973). Completam a imagem o desenho da janela aberta com floreira, que é o logotipo da Casa Máy, e o site www.casamay.com.br

Em 1973, os Drs. J. Valnet e M. Girault adaptaram o antibiograma para os óleos essenciais. Chamaram a técnica, inicialmente, de antibio-aromatograma e, depois, apenas de aromatograma.

Duas características inerentes aos OEs precisaram ser superadas pra que seu potencial contra bactérias pudesse ser validado através do teste de difusão em disco:

– a volatilidade dos OEs, que poderia comprometer o resultados nos discos vizinhos; e

– a facilidade de se oxidarem, o que poderia comprometer a checagem da eficácia do OE testado.

Pra contornar estas duas dificuldades, os pesquisadores 1) diminuíram a quantidade de discos por placa de Petri, 2) diminuíram a quantidade de OE que impregnaria cada disco, e 3) mantiveram as placas empilhadas e ao abrigo da luz.

Pelo menos 10 anos depois o aromatograma já estava sendo oferecido por laboratórios franceses a pedido de médicos que buscavam usar OEs no tratamento personalizado de infecções.

A popularidade do método foi tão grande – e tão deturpada – que o Diretor Geral de Saúde e de Hospitais da França precisou emitir uma carta, em 1981, alegando a falta de credibilidade do aromatograma, o que levou Valnet a emitir 2 opiniões públicas: uma reprimindo colegas que abandonavam apenas ao teste um diagnóstico e prognóstico que deveriam ser clínicos antes de mais nada; e outra reprimindo duramente o Diretor Geral da Saúde por ignorar as pesquisas que datavam de mais de 80 anos sobre a ação antisséptica dos OEs.

A reação de Valnet nos ensina muito sobre a dificuldade que todo aromaterapeuta sério vivencia ainda hoje: a de precisar se posicionar ao mesmo tempo contra os que banalizam a aromaterapia e fazem sci-washing pra nomeá-la “científica” e os que a acusam de pseudociência por (in)completo desconhecimento do assunto.

Busque em nossas postagens sobre sci-washing e Tradição Francesa ou no meu You Tube.

Beijo de cheiro, Mayra.

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