Casa Máy > Aromaterapia > Assepsia na aromaterapia
Quando se fala em assepsia, dois conceitos surgem: substâncias antissépticas e desinfetantes. Elas interrompem ou diminuem o crescimento microbiano reduzindo, assim, o risco de infecção. Mas antissépticos são usados em tecidos vivos (pele) e desinfetantes são aplicados em superfícies. Os OEs têm reputação de serem antissépticos e desinfetantes. Neste sentido, podem ser descontaminantes, embora não sejam reputados como esterilizantes, pois a esterilização (assepsia) seria a remoção de todos os tipos de germes (bactérias, vírus, esporos, fungos, protozoários e helmintos). Curiosamente, os OEs são considerados estéreis, ou seja, neles mesmos não é provável que haja germes.
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Um antisséptico pode ser do tipo biostático – interrompe o crescimento de germes – ou biocida – mata-os. Normalmente, são substâncias de largo espectro que interagem com a superfície celular do microrganismo, provocando perturbações à sua homeostase. Nesta interação, pode haver quebra de membrana e vazamento de constituintes intracelulares, inativação de mecanismos de sobrevivência ou crescimento celular.
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Nos OEs, compostos como timol e carvacrol agem sobre fungos sensíveis ao fluconazol. Também costumam apresentar comportamento antifúngico o terpinen-4-ol, alfa-terpineol, cineol e o linalol. Às vezes, como no caso do linalol, a ação é sinérgica com o fluconazol. Alguns compostos agem em largo espectro bacteriano (bactérias gram + e gram -), como geraniol, carvacrol e timol. Outros são mais antivirais, como o cinamaldeído. Beta-cariofileno e óxido de cariofileno parecem ter atividade anti-helmíntica.
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O caráter lipossolúvel dos OEs favorece sua ação antisséptica, mas seu caráter volátil pode dificultar seu uso dérmico ou em superfícies, embora possa favorecer sua difusão para desinfecção atmosférica. Finalmente, conhecer a dose é vital quando se quer que os OEs exibam seu poder antisséptico. Venha estudar conosco pra aprender mais sobre tudo isto.
Beijo de cheiro, Mayra.