Casa Máy > Aromaterapia > As interfaces de aplicação dos óleos e as chance de interação medicamentosa
Em linhas gerais, a maior propensão de interação entre óleos essenciais e medicamentos ocorre quando aqueles são usados internamente (em cápsulas de uso oral, supositórios ou óvulos).
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A interação de OEs e medicamentos por interface dérmica é pouco provável, bem como pela inalatória. Mas pode ocorrer:
– medicamentos de absorção transdérmica: nenhum OE deve ser aplicado próximo da área pois há risco dele agir como enhancer cutâneo;
– medicamentos anticoagulantes: existe containdicação formal do uso de wintergreen ou de bétula-doce por qualquer interface.
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Na inalação, em teoria poderia haver interação com medicamentos do tipo beta-bloqueadores e OEs que contenham alérgenos específicos pro paciente, como linalol, terpinen-4-ol. Mas as duas situações precisariam ocorrer, o que é menos provável.
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No caso do uso interno, como uma regra básica, medicamentos de janela terapêutica estreita impõem mais cautela à administração de OEs, mas idealmente se deve conhecer o conjunto de CYP que metaboliza o fármaco e as principais moléculas do OE pra se chegar em uma hipótese de interação mais assertiva. A dosagem também interfere, pois se sabe que certas moléculas são metabolizadas por uma via em determinada dose, mas podem rumar pra outra quando a dose muda.
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O assunto está longe de ser simples, mas o risco não deve ser ignorado. Enquanto estudos não são feitos, o uso interno permanece experimental e, se feito, exige posologia conservadora e duração de uso muito curta.
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Você se preocupa com interações medicamentosas ou você acha que isto é um exagero?
Beijo de cheiro, Mayra.