Os óleos de camomila são intercambiáveis?

É tudo camomila, não? Poderia usar uma pela outra? Bem, são espécies diferentes e com composição química diferente, apesar de nomes populares semelhantes.

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A Matricaria chamomilla (camomila-azul ou alemã) é rica em bisabolol, óxido de bisabolol e

farneseno, contendo camazuleno como um marcador importante. Já a Chamaemelum nobile (camomila-romana) é rica em ésteres, pode ou não conter camazuleno e não conterá bisabolol nem óxido de bisabolol.

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Só por isto já dá pra perceber que elas são beeem diferentes. Entretanto, ambas têm sido usadas pra questões de pele (alergias, acne, cicatrização, inflamações diversas), o que faz pensar se não seriam intercambiáveis em outros terrenos também. Realmente, elas se destacam no potencial anti-inflamatório (pele e sistema músculo-esquelético), no potencial relaxante (distensionamento, relaxamento) e no potencial anti-edemático e anti-espasmódico. Mas olfativamente uma é água e outra é vinho – e isto faz muita diferença.

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Com um aroma que lembra maçã-verde, a camomila-romana seria mais sedativa e analgésica por via inalatória, ao passo que a azul, com seu cheiro terroso, herbal e levemente anetolado, seria menos.

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Já no uso interno, a azul possui mais contraindicações, interagindo com medicamentos psiquiátricos, antidiabéticos e anticoagulantes, e a romana menos; mas esta poderia interagir com medicamentos cardíacos e pra pressão arterial mais facilmente.

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Então, quando o uso é dérmico, quase sempre uma pode ser usada pela outra, principalmente pra cuidados de pele inespecíficos. Mas bastou mudar a rota de aplicação, bastou querer especificidade nas indicações terapêuticas, elas se diferenciam.

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Via de regra é assim: romana = sedativa, antiespasmódica; azul = anti-inflamatória, anti-alérgica.

Beijo de cheiro, Mayra.