Casa Máy > Aromaterapia > Tradição Francesa – Teoria do Grupo Funcional
Aqui está uma das mais conhecidas heurísticas da tradição francesa de aromaterapia: a Teoria do Grupo Funcional (TGF). Mas fique tranquilo se nunca ouviu falar dela: certamente você já a estudou.
Trata-se de um método de ensinar as propriedades e contraindicações dos OEs a partir da identificação das famílias químicas mais bem representadas em cada um deles.
Quando você lê que ésteres são sedativos, cetonas são neurotóxicas, sesquiterpenóis são estrogênio-like, monoterpenos são antissépticos, sesquiterpenos são anti-inflamatórios, álcoois são imunomoduladores, óxidos são respiratórios, aldeídos são relaxantes e que há OEs positivantes e negativantes, isto é TGF.
A TGF foi inicialmente proposta por P. Franchomme e D. Pénoël, recebendo adições de M. Faucon e, posteriormente, de P. Mailhebiau pra, finalmente, ganhar os EUA através de K. Schnaubelt – tudo isto entre 1990 a 2000.
A TGF se baseia em duas premissas: a relação entre estrutura molecular e sua quantidade, e a relação entre estrutura molecular e sua atividade farmacológica. Embora seja, até hoje, parte da formação de qualquer especialista em aromaterapia clínica na França, a TGF já foi criticada em um artigo pelos autores R. Tisserand, M. Valusso, A. Cont e E. J. Bowles, que mostraram o reducionismo extremo da teoria.
Em artigo publicado em 2018, estes autores demonstraram como a TGF não foi capaz de prever o comportamento de OEs ricos em álcoois, concluindo que esta ferramenta deve ser abandonada e que o estudo individual de cada molécula e cada OE é que deve ser privilegiado.
Aqui na Casa Máy ensinamos a TGF de forma crítica, mas ensinamos.
E então, aprendeu algo com este post?
Beijos de cheiro, Mayra.