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Hibakujumoku: A lição das árvores que sobreviveram a Hiroshima

Postado às 16:14 do dia 24/08/21

Em 06 de agosto de 1945, às 08:15, a temperatura em Hiroshima, Japão, subiu 4.000º C, matando imediatamente cerca de 66.000 habitantes da cidade e tudo que tivesse vida em volta.  

O ataque nuclear ainda dobraria seu rastro de destruição nos meses seguintes devido aos efeitos da radiação. Um dos capítulos mais terríveis da história da humanidade, que precisa ser lembrado como testemunho de nossa loucura e desatino. (Três dias depois, outra bomba estouraria em Nagasaki.) 

Manter a memória dos sobreviventes de Hiroshima é um ponto importante da cultura japonesa, ainda mais agora que muitos são bastante idosos. Em Hiroshima, a solução para isto foi atribuir a cada sobrevivente um “guardião de sua memória”, pessoas que se inscreveram pra ocupar este posto e contar às novas gerações o que os sobreviventes passaram. 

Outro testemunho do ataque nuclear, entretanto, é menos eloquente, mas não menos significativo: são 55 árvores que estavam em distâncias entre 370 m a 2,2 Km do hipocentro da bomba nuclear e sobreviveram à destruição em volta. Estas árvores são chamadas de “hibakujumoku”, que em japonês significa “árvore sobrevivente”. 

É espantoso que elas tenham voltado a crescer e nos testemunham a resiliência da vida vegetal em nosso Planeta. Uma Salix babylonica (salgueiro-chorão, na foto) é uma destas árvores. Se ela chora por todas as formas de vida que se extinguiram naquele momento fatídico, é também o símbolo da renovação e da esperança de paz. 

Que possamos sempre honrar estas sobreviventes, fazendo de nossas vidas uma ode à paz e a este planeta que habitamos com elas. 

Foto: Peace-tourism.com 

Pra lista completa das 55 árvores sobreviventes, acesse: https://glh.unitar.org/en/trees-in-hiroshima/ 

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