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Como ter bom senso ao demandar soluções com OEs?

Postado às 11:32 do dia 01/02/21

– Que OE pode ser usado pra retardo em fala de crianças?
– Que OE usar pra não desmaiar com injeção?
– Que OE é o melhor pra traumas emocionais?

Parece surpreendente, mas são perguntas reais. Porém, não há problema de pessoas leigas perguntarem o que quiserem sobre potencial terapêutico de OEs – afinal, são leigas.

Mas perguntas como essas abrem brecha pra ação inescrupulosa de pessoas que, apesar de serem informadas sobre o que vem a ser os OEs, abusam da boa vontade (e da situação fragilizada de sofrimento) de leigos pra vender OEs sem que haja a menor probabilidade deles serem eficazes na demanda solicitada.

Você conhece algum medicamento que uma criança tome e comece falar?Você conhece algum medicamento que a pessoa tome e não desmaie com injeção? Você conhece algum medicamento que seja o melhor pra traumas emocionais?

Respondeu “não”, certo? ENTÃO, POR QUE RAIOS SUPOR QUE EXISTEM OEs QUE FAÇAM ISSO?!
– Retardo de fala se trata com fonoaudiologia e terapia ocupacional, por exemplo.
– Desmaio com injeção se trata com psicoterapia, por exemplo. (Ou você pode sedar a pessoa, ela apaga, você dá a injeção e depois ela acorda. Infelizmente, não dá pra apagar alguém com OE, a menos que você também queira intoxicá-la.)
– Traumas emocionais se trata com psicoterapia (e uma abordagem psicofarmacológica *individualizada*, se for o caso).

Quando quiser saber se pro seu problema há resposta nos OEs, primeiro se pergunte se o problema tem resposta na farmacologia convencional e como é a resposta na medicina convencional. Se houver resposta na farmacologia, há *chance* dos OEs agirem sozinhos, farmacologicamente. Se a resposta não estiver na farmacologia, mas na psicoterapia ou na fisioterapia, por exemplo, os OEs não farão nada sozinhos, pois haverá necessidade de um terapeuta atuando junto com você.

Os OEs, sozinhos, já fazem bastante – e um aromaterapeuta pode fazer muito mais. Mas é difícil fazer o impossível. Quando o impossível acontece, o bom senso e a humildade nos lembram de relativizar nosso papel e de supor que o impossível raramente se repete. Então, seja razoável na hora de perguntar, e seja ético na hora de responder.

Beijo de cheiro, Mayra.

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