Casa Máy > Vegetarianismo > Não É Tão Difícil (Cozinhar Vegetariano) – #9
Depois da minha (nada favorável) crítica ao restaurante Babilônia do Shopping Mueller, fui ter outra experiência de comer fora de casa. Desta vez, resolvi aumentar as chances de êxito, então fui logo ao Tartine, que dificilmente já decepcionou esta família vegetariana.
Neste dia, um sábado na hora do almoço, não foi diferente. Enquanto, aos sábados, todos os restaurantes onívoros servem feijoada, por lá encontrei excelentes opções quentes vegetarianas. Além deles terem o buffet de massas em que você escolhe o molho e os acompanhamentos, podendo comer uma massa vegan se quiser, eles têm um ótimo buffet de saladas e várias opções quentes lacto-vegetarianas.
Com respeito às saladas, uma boa coisa do Tartine é que eles não enfiam sobra de frango, sobra de presunto, sobra de bacon, sobra de mignon no meio dos verdes. Carpaccio também não. Já fui algumas vezes ao Tartine para constatar isso. Sendo assim, você consegue fazer um bom prato de salada, saborosa e nutritiva. Neste dia, até feijões havia, além de batata-picles. Veja meu prato:
Além dos folhosos normais e do feijão, ainda tinha brotos entre as opções. Show de bola, parecia até buffet de salada de restaurante vegetariano, onde tradicionalmente a gente come bem. (Minha crítica aos restaurantes vegetarianos em Curitiba é que os ambientes são ruins: muito barulho, muita gente, muito calor, tudo apinhocado, cadeirinhas de palha e madeira com pernas bambas e mesas sem toalhas. Neles, você sempre é obrigado a comer em bandejas. A exceção é o Mahatma Gourmet, mas lá o menu não agrada frequentemente às crianças por eles fazerem muito fusion cuisine. Estas são outras histórias que merecem novos posts, e não estou aqui para criticar restaurante vegetariano, e sim os onívoros.)
Quando passei às opções quentes, fui direto aos legumes cozidos no vapor, que sempre contam presença no buffet do Tartine: couve-flor, brócolis, batata-salsa, vagem, cenoura. Peguei alguuns e fui dar uma olhada no restante. Achei duas massas vegetarianas: linguini ao pesto e lasanha de espinafre com queijo. Mas como eu não queria comer massa, peguei os legumes, batata sauté, polenta grelhada e peguei o que achei que realmente valeu cada real pago: um arroz à moda indiana, bem temperado, vegan, com ervilhas. Nota 10 ao Tartine neste dia com respeito aos vegetarianos! Ta aí embaixo a foto do meu prato quente.
Neste dia, não fiquei refém de massas com queijo, não fiquei refém de alface-americana, não fiquei refém de tomate seco com rúcula.
Viram, chefs e donos de restaurantes onívoros em Curitiba? Não é tão difícil cozinhar vegetariano.
Abs vegs, Má.
PS: Outra boa surpresa que o almoço no Tartine me trouxe neste sábado foi ter encontrado minha colega Bia, dona de um delivery de refeições veganas em Curitiba. Ela me contou que está implementando uma nova forma de entregas rápidas na cidade, enquanto continua atendendo normalmente os pedidos pelo site http://www.vegemundi.com.br/