OEs ricos em sabineno

O sabineno, monoterpeno que é um dos principais compostos do OE de noz-moscada, aparece em pequenas quantidades em muitos outros óleos. Compartilha com outras moléculas da mesma função química ação antioxidante e anti-inflamatória, mas também já foi associado a propriedades antifúngicas, além de ter sido descrito como cicatrizante quando combinado ao d-limoneno e ao alfa-pineno em alguns OEs de folhas de coníferas, como em juníperos e ciprestes.

Olfativamente, o sabineno é descrito como quente, especiado, amadeirado com notas herbáceas e cítricas, mas não possui muita tenacidade.

Se você quiser experimentar essa molécula em alguns OEs, veja nossas sugestões:

– noz-moscada, pra uma overdose de sabineno. Cuidado com a overdose, pois o OE desta semente pode ser tóxico em dosagens grandes;

– pimenta-preta, pra toques de sabineno em um perfil olfativo especiado-amadeirado com ação estomáquica;

– plai, o sabineno performando em um OE descrito como analgésico muscular;

– ravintsara, pro sabineno se refrescar com o 1,8-cineol;

– chá-da-groenlândia, pra você experimentar uma versão cara e rara de um OE com sabineno e com tropismo hepático;

– cubeba e zimbro, a versão especiaria chique do sabineno, provavelmente interessante em micoses.

Como todo monoterpeno, o sabineno é propenso à oxidação. Dependendo de sua vizinhança, um OE rico em sabineno poderá ser mais ou menos propenso a se oxidar (mais propenso no zimbro, menos propenso da ravintsara, por exemplo). Tirando isso, não é uma substância considerada alergênica nem implicada em toxidade maior.

Bacana conhecer os OEs por meio de seus compostos químicos, não é? Venha estudar com a gente. Aqui é sempre assim 😀

Beijo de cheiro, Mayra.