Casa Máy > Aromaterapia > Impacto ambiental no uso de óleos essenciais
É bem legal quando as pessoas descobrem o uso dos óleos essenciais porque começam optar por um estilo de vida mais natural.
Entretanto, nem sempre o natural é o mais sustentável em consumo de recursos naturais.
Este é um paradoxo com o qual todo consumidor de óleos essenciais deve lidar e a razão porque, na Casa Máy, defendemos o uso racional de óleos essenciais e seu destino apenas a finalidades nobres – que entendemos ser o uso terapêutico!
Um dos usos que mais nos preocupa é OEs como simples fragrância. Sabemos que todos preferimos comprar produtos perfumados, mesmo os de limpeza doméstica.
Mesmo quando produtos de limpeza estão disponíveis com o apelo de “livre de fragrância”, o consumidor continua preferindo comprar aqueles com fragrância: nos EUA, sabão perfumado para roupas são 89% do mercado; limpadores perfumados de superfícies, 79%; detergentes perfumados pra louça, 99% (HERZ, 2022).
Imagine abastecer este mercado com OEs?! Pra se ter uma ideia, a obtenção do mentol natural pode gerar mais CO2 na atmosfera que o processo sintético. O método de síntese da Symrise, por exemplo, gera 8Kg de CO2 por Kg de mentol, ao passo que o processo de destilação gera de 50-100 Kg/CO2 para a mesma quantidade.
Assume-se que 5 dos mais importantes odorantes usados na indústria (dihidromircenol, a-hexilcinamaldeído, hexilsalicilato, patchouli e b-pineno) gerem 470.000 Kg/CO2 por ano. Mas o OE de patchouli, embora represente 3% do volume de toneladas produzidas, responde por 40% do total de CO2 jogado na atmosfera (KULKE, 2015).
Repense o uso de OEs como fragrância apenas. Reflita sobre a real necessidade de usar perfumes botânicos, de usar OEs em sabões, de perfumar álcool de limpeza com OEs.
Beijo de cheiro, Mayra.
Fragrâncias sintéticas também impactam o comportamento – são funcionais. E podem muitas vezes substituir OEs.