Casa Máy > Aromaterapia > A influência da vizinhança
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Um dos conceitos que nossos alunos logo aprendem é o da “vizinhança “. Refere-se ao complexo molecular em torno de um marcador ativo ou mais marcadores ativos em determinado óleo essencial.
A vizinhança tem a capacidade tanto de aumentar, quanto de diminuir a atividade esperada do marcador.
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Pense nesta influência como a da vizinhança sobre alguém. Esta vizinhança pode acentuar traços de solidariedade ou de egoísmo, de cumplicidade ou de revanchismo, de convívio ou de misantropia, por exemplo.
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Da mesma forma, uma cânfora, por si só, ainda que em quantidade, pode não determinar um comportamento inequivocamente estimulante em um OE a depender das moléculas que a circundam. Um cinamaldeído pode não expressar todo seu potencial sensibilizante a depender das moléculas que vêm ao lado dele.
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Os mecanismos da influência da vizinhança são os de potenciação, sinergismo ou antagonismo. Claro que a quantidade da molécula interfere, mas não pode ser analisada sem considerar quem é sua companhia no OE.
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Quando se desconsidera a vizinhança, um erro muito comum é extrapolar atividade terapêutica ou tóxica de um composto pro óleo essencial inteiro. Ou o inverso, extrapolar o efeito de um OE, ver que ele é rico naquele composto, e estabelecer que o efeito ocorrerá em todos os demais que contiverem o mesmo composto.
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Substâncias complexas como os óleos essenciais podem ser “domadas”, isto é, padronizadas em marcadores e em dose-resposta. Mas isto requer uma quantidade significativa de estudos e sempre se haverá uma parcela de ação da substância reputada a seu totum.
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Então, de olho na vizinhança. Ela importa!
Beijo de cheiro, Mayra.