Casa Máy > Aromaterapia > Alfabetização emocional e repertorização simbólica
O autoconhecimento vem do sentir, observar e pensar. Hoje falaremos do pensar e o relacionaremos com os óleos essenciais.
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O pensar é mediado pela linguagem e esta se vale de uma tecnologia simbólica altamente complexa pra expressar nossa relação com o mundo e conosco mesmos.
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Quando algo nos afeta, não importa em que nível for, ele será tão mais compreendido quanto mais for possível narrá-lo. Uma narrativa se constrói em volta do tempo (uma coisa após a outra), em volta do espaço (uma coisa em um ambiente) e em volta das causalidades (uma coisa por causa da outra).
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Narrativas eficazes, ou seja, aquelas que dão sentido àquilo que nos afeta, dependem, portanto, de articularmos estas construções. Saber narrar é saber colocar no tempo, no espaço e na causalidade. É fácil entender, então, que quanto mais formos expostos a histórias, estórias, mitos e lendas, mais parâmetros teremos pra elaborar esta narrativa.
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Quando se estudam as “curiosidades” sobre determinada planta, sobretudo mitos de como surgiram e lendas a seu respeito, adquire-se um repertório simbólico pra ser usado narrativamente. Quando um aroma é inalado e pára-se pra observar e sentir as memórias e sensações que despertam, aprende-se a decodificá-las e a reconhecê-las.
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Juntos, estes dois processos – conhecer previamente a história da planta e ao seu OE atribuir nossos significados internos – são capazes de nos alfabetizar na leitura das emoções e adquirir repertório pra simbolizar a experiência humana.
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Cheirar é, portanto, tanto ser impactado por uma narrativa, quanto narrar.
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Mas, lembre, a narrativa é apenas um terço do necessário ao autoconhecimento. Sobre o observar e sentir mediado pelos OEs falaremos em outra oportunidade.
Beijo de cheiro, Mayra.