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Observação goethiana.
Em A Metamorfose das Plantas, Goethe estabeleceu um método pra estudo das plantas a partir da observação de que os diferentes órgãos se desenvolviam por movimentos de contração e expansão a partir de uma folha ideal. Tais movimentos colocam os diversos órgãos vegetais e as diversas espécies mais próximas ou menos próximas dos elementos ar, terra, água e fogo (calor). A partir das pesquisas de Steiner, qualidades mais rítmicas ou menos rítmicas neste desenvolvimento puderam associar as espécies a suas propriedades terapêuticas, estabelecendo-se, a partir de seu “gesto”, seu tropismo e forma de ação.
Entre a família das Lamiaceae, na qual se encontram inúmeras plantas produtoras de OEs como sálvia, lavanda, hortelãs, patchouli, tomilho, observam-se 2 polos de desenvolvimento das espécies:- um polo frio, com plantas ricas em compostos pesados, não passíveis de extração com destilação ou apenas muito pouco passíveis, que possuem folhas redondas e ovais cujo processo foliar é amplamente desenvolvido. Elas agem sobretudo nos órgãos rítmicos do corpo;- um polo quente, com plantas ricas em óleos essenciais, bem próximas do mar Mediterrâneo, que possuem pequenas flores e folhas mais pontiagudas, em que o elemento fogo (calor) agiu mais, e que crescem em solos pobres com forte insolação. Elas agem sobretudo nos processos de assimilação e excreção.
Certamente, o método goethiano é adequado dentro uma visão de saúde-adoecimento e desenvolvimento humano que, hoje, é expresso pela Antroposofia. Dentro da visão da biomedicina, as propriedades terapêuticas e o tropismo das plantas medicinas são avaliados por outros métodos. Mas este conhecimento pode enriquecer o olhar do aromaterapeuta profissional e por isto que o estudamos na Casa Máy.
Beijo de cheiro, Mayra.
