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Como fixar perfumes? – parte 2

Postado às 15:44 do dia 21/12/21

Continuando o assunto sobre fixação de perfumes que iniciamos numa postagem recente, citamos en passant que haveria outras formas pra melhorar a fixação de uma fragrância.

Embora não seja nada tão eficaz quanto colocar moléculas odorantes de volatilidade lenta na formulação da fragrância, estas duas alternativas podem ajudar um tiquinho:

A) aumentar a quantidade de fragrância na base carreadora; B) mudar a base carreadora, saindo do 100% álcool etílico e indo pra ingredientes de mais lenta evaporação.

Problemas destas alternativas:

A) Aumentando-se a quantidade de fragrância (a concentração de OEs ou odorantes), aumenta-se a toxidade dérmica e inalatória. Então, há um limite bem complicado de ser ultrapassado.

B) Mudando-se os ingredientes do carreador, a chance de sair do natural é maior. Di- e propilenoglicol, por exemplo, ajudam bastante a diminuir a evaporação de um modo geral, mas não são da cosmetologia verde. Outros diluentes, como miristato de isopropila ou sorbitato de isopropila, ou mesmo sorbitol, glicerina vegetal, zemea, por exemplo, podem ser mais legais no quesito “cosmética verde”, mas não diluem bem todos os OEs quanto um propilenoglicol.

Então, a parada é difícil. Como aprendemos com o perfumista citado na imagem deste post, Morineau, nenhum truque resolve uma formulação ruim, com moléculas odorantes de lenta evaporação mas baixa performance. Fixação é formular bem. Esta é que é a verdade. E formular fixação apenas com OEs é possível, mas é caro à beça, a menos que você queira que tudo fique com cheiro de patchouli, ou cedro-virgínia ou vetiver (o que de jeito nenhum também pode ser considerado barato).

Completamos aqui nossa postagem sobre fixação. Ajudou você a entender o assunto?

Beijo de cheiro, Mayra.

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