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Tripé “óleo essencial – interagente – aromaterapeuta”

Postado às 11:31 do dia 05/11/21

Este tripé “óleo essencial – interagente – aromaterapeuta” está no cerne do que entendemos por aromaterapia clínica e é também o que a diferencia daquilo que se convencionou chamar de aromaterapia de conveniência. 

Dr. Daniel Pénoël, em curso ministrado no Brasil em 2012 (durante o I Ciaroma), explicou que, antes do início de todo atendimento clínico, faz uma espécie de “invocação do poder curativo” da planta, manifestada em seu óleo essencial. Em sua a abordagem, o aromaterapeuta é o mediador entre a planta e o paciente. 

Quando Rhiannon Lewis esteve pela primeira vez no Brasil (2014, no I Simpósio Internacional de Aromaterapia), ela disse que a “mágica” da aromaterapia depende que o tripé aromaterapêutico esteja formado: se faltar ou o interagente ou o aromaterapeuta ou o óleo essencial, o tratamento fica comprometido. 

A aromaterapia de conveniência, que é o consumo de sinergias de óleos essenciais prontas, embora tenha seu valor, acaba prescindindo da importante relação clínica que se estabelece entre o aromaterapeuta e seu interagente. Somos muito ineficazes como terapeutas de nós mesmos, seja porque não conseguimos nos ouvir, seja pela cegueira natural a nossos problemas, seja por sermos indolentes com mudanças. 

O papel do outro, já bem delineado no conceito de transferência psicanalítica, é não apenas a base de uma relação terapeuta-cliente como se ramifica pra além do setting psicoterapêutico, endereçando-se a qualquer relação onde haja um sofredor, um agente de cura e um cuidador. 

Aromaterapeutas não são, portanto, apenas quem conhece das indicações, contraindicações, posologias e sabe fazer uma prescrição individualizada de OEs mas é, como ensinamos em nossos cursos de formação, o “guardião do desejo” do interagente e o mediador entre a consciência da planta e a consciência do interagente. 

Aromaterapia é uma relação entre 3 almas, portanto: a do vegetal, a do interagente e a do aromaterapeuta. É assim que enxergamos.  

Beijos de cheiro, Mayra.

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