Casa Máy > Aromaterapia > O famigerado “grau terapêutico”

< voltar

O famigerado “grau terapêutico”

Postado às 10:25 do dia 14/04/21

Pense na seguinte situação: 
Paciente com 100 kg, febre de 42 graus, ingere 5 gotas de novalgina. A febre abaixará? 

Muito provavelmente, não. 

Ué? Mas a novalgina não tem grau terapêutico? Não tem. O que a novalgina tem é um princípio ativo com potencial terapêutico. Se este potencial terapêutico se expressará ou não, depende de N fatores. 

Mas os OEs têm grau terapêutico! São tão potentes! Os meus são puros! São de alta qualidade! 
Errado. Você acha que a novalgina não é um medicamento puro e feito no mais alto padrão de qualidade? Claro que é! 

O que ocorre é que a terapeuticidade não é um fator intrínseco a nenhuma substância, porque a terapeuticidade é o que ocorre quando todos os fatores dos quais dependem o efeito terapêutico estão presentes. 

Quando dizemos que uma substância tem grau farmacêutico, dizemos que ela segue padrões pra uso farmacêutico, o que inclui, evidentemente, seu uso terapêutico. Mas o uso é que pode ser terapêutico; a substância não o é por si só. 

Quando nos vendem OEs com grau terapêutico estão vendendo a ilusão de que substâncias agirão terapeuticamente independente dos fatores de uso. Isso não acontece. 

Um OE não tem qualidade alta nem baixa; ele tem a composição química que tiver: ele é puro ou adulterado – simples assim. A composição química que se apresentar, descobriremos a que finalidade ela se presta. 

Grau terapêutico não existe. O que existe é o efeito terapêutico do uso de uma substância, da qual se esperam certos atributos. No caso de OEs, se espera pureza (e queremos conhecer sua composição química, já que ela nunca é constante, pra saber se ela é compatível com a finalidade proposta). 

Mesmo substâncias com grau farmacêutico podem não expressar sua terapeuticidade, porque atributos compatíveis são apenas metade da história. 

Exija OEs puros. Apenas isso. E estude ou se consulte com um profissional pra que este OE puro expresse seu potencial terapêutico quando o usar. 

Beijos de cheiro, Mayra.

Posts Relacionados

Comentários

Assinar Newsletter