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Tradição Francesa – Tratamento de Terreno

Postado às 21:49 do dia 08/02/21

Em francês, existe uma palavra pra expressar as condições em que germes se desenvolvem e seu emprego data de longe: de quando Antoine Béchamp e Louis Pasteur, dois dos mais famosos microbiologistas do séc. XIX, se indispunham com suas próprias teorias acerca do adoecimento por microorganismos. Esta palavra é “terrain” e significa solo, terra, em francês, e foi traduzida por terreno.

Em seus estudos, Béchamp observou que microzimas não agiam sobre células vivas, mas apenas em tecidos mortos e que este novo solo em que cresciam – o “terrain” – modificava um comportamento antes inofensivo em um comportamento nocivo pro organismo humano. Disso surgiu uma frase célebre atribuída a ele: “O micróbio não é nada; o terreno é tudo.”

O conceito de terreno, então, ganhou vários contornos dentro das diferentes abordagens terapêuticas integrativas na tradição francesa, mas sempre significando que o organismo tem certas características inatas e adquiridas que o tornam mais ou menos suscetível a determinados adoecimentos.

Um dos conceitos de terreno postula que ele é determinado pelo equilíbrio ácido/básico do corpo, o potencial elétrico de seus fluidos (positivo ou negativo), seu nível de envenenamento e seu nível de nutrição. Outro conceito fala que terreno é a soma de nossa constituição genética e adquirida + nosso temperamento + nosso nível de toxemia.

De toda forma, na tradição francesa de aromaterapia, os óleos essenciais não são capazes de agir sozinhos em um terreno que não está equilibrado (embora eles também possam contribuir pra este equilíbrio em alguns casos), e é por isso que abordagens como dietoterapia, oligoterapia, fitoterapia e reflexoterapia costumam aparecer em protocolos junto com óleos essenciais.

Quando, por exemplo, se trabalha a imunidade não apenas com o uso do OEs, mas também com o equilíbrio da microbiota intestinal e de nutrientes como zinco, isso é um tratamento do terreno, algo fundamental pra que OEs imunoestimulantes tenham condições de efetivamente expressar seu potencial terapêutico.

É um conceito bem relevante este de “terreno”, não é?

Beijos de cheiro, Mayra.

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