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Poemas didáticos

Postado às 21:36 do dia 08/10/20

Por brincadeira, andei escrevendo dois poeminhas pros meus seguidores: um pra falar da diluição e outro pra falar do “depende”.

Com diluição já brinquei bastante em alguns postagens do Instagram, isso porque o povo NÃO DILUI! É impressionante. Quase 100 anos de aromaterapia e o povo desaprendendo a regra mais básica de segurança, que é diluir os óleos essenciais antes de aplicá-los na pele.

É algo que não entendo. Deve ser preguiça, só pode.

Então comecei dizer que “diluir” é um mantra que devemos repetir 108x: dilua, dilua, dilua etc.

Depois, conjuguei o verbo diluir: eu diluo, tu diluis, ele dilui, nós diluímos, vós diluís, eles diluem.

Até que chegou o Poema da Diluição:

Primeiro eu diluo/Tu diluis por segundo./Assim começa o que intuo/Ser um mantra bem fecundo.

Ele dilui o óleo/Nós diluímos também./Todos os do portfólio/Vos diluís, amém.

108 vezes repetimos:/Dilua, dilua, dilua./Um carreador e sorrimos:/Que aromaterapia segura!

Por que eles não diluem,/Eis pergunta boa./Mas pode ser que mudem:/Um poeminha muda a pessoa.

Eu diluo, você dilui./Somos dois, seremos três./Diluir!, você anui./Isso é pura sensatez.

Poema da Diluição por Mayra Corrêa e Castro

Já a história do “depende” vem das conversas que temos entre professores e alunos. Quem trabalha com educação em aromaterapia, convive com enxurradas de perguntas de alunos que querem certezas. E o mais difícil de conseguir na aromaterapia são certezas. Isso porque há centenas de OE diferentes, cada OE tem um mundo de moléculas diferentes, porque há diversas interfaces de aplicação, dentro de uma mesma interfaces é várias formas de usar, porque os OEs atuam por diferentes mecanismos de ação, do bioquímico até o sutil, porque pessoas são diferentes. Então, qualquer indicação, ou qualquer contraindicação “depende”. Eis o poeminha:

Poema do Depende

Depende do óleo essencial/E depende da interface/Determinar a toxidade inicial/Ou se é terapêutico o desenlace

Depende do interagente/E depende da dosagem/Determinar se é inteligente/O protocolo ou é bobagem

Depende da finalidade/E depende do organismo/Mas também da subjetividade./Não só o óleo tem protagonismo

Depende é a melhor resposta/Mas há quem venda certeza/Desconfie deste tipo de proposta/Depende é que é pura boniteza.

Poema do Depende por Mayra Corrêa e Castro

Esta coisa dos poeminhas rendeu tanto nas redes sociais que tô com vontade de fazer uma sarau pra gente declamar. Que cê acha? Tem gente que já me enviou suas contribuições.

Declamemos por uma aromaterapia segura.

Beijo de cheiro, Mayra.

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