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Faz sentido óleo essencial ter grau terapêutico?

Postado às 12:08 do dia 07/02/17

Em 2015, na primeira edição do Conaroma, falei sobre Adulteração de Óleos Essenciais. Com base numa palestra dada por Robert Pappas, químico e fundador da Essential Oil University, expliquei por quase 2 horas os diferentes métodos de adulteração de óleos essenciais e também as formas de se detectarem estas adulterações, desde testes organolépticos, até coisa mais sofisticada como Carbono 14.

Adulteracao OE Abr15

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No ano passado, novamente pelo Conaroma, falei a respeito dos Mitos e Verdades da Aromaterapia e a questão de óleos essenciais adulterados voltou à baila, mas sob nova perspectiva: se é que faz sentido a nomenclatura “óleos essenciais com grau terapêutico” usada pela empresa doTerra como uma de suas marcas registradas.

Esta empresa, uma empresa gigante por sinal – e que eu admiro por seu trabalho junto às comunidades locais que produzem e destilam os óleos de plantas comercializados por ela -, insiste que seus OEs são terapêuticos e, por isso, melhores que os OEs vendidos por outras empresas.

Na brochura do site, eles ainda apontam o próprio Robert Pappas como o responsável por atestar a qualidade de seus OEs, já que vêm do laboratório dele as análises que atestam o grau de pureza. Certamente Pappas é um dos caras mais respeitados no mundo e sua biblioteca de OEs é talvez uma das maiores. Mas atestar o grau de pureza de um OE não é o mesmo que atestar o grau do que eu estou chamando de “terapeuticidade”: o quanto um OE é capaz de cuidar da saúde em comparação a outro destilado da mesma planta.

Ontem gravei um vídeo para explicar o que vem a ser grau terapêutico – mas já adianto que minha opinião é que “grau terapêutico” é uma banalidade: ou todos os OEs têm – mesmo quando adulterados isso não impediria a priori que fossem terapêuticos, ainda que provocassem (mais) efeitos colaterais como, de resto, qualquer medicamente sintético – , ou só faria sentido falar em níveis de terapeuticidade que, de tão variados que seriam, nos levariam de volta à inutilidade de se estabelecê-los. (Discorro sobre isso em profundidade na palestra Mitos e Verdades, que colocarei no ar em setembro deste ano. Até lá, você poderá ler uma nota do próprio Pappas sobre “a verdade do grau terapêutico”; ou seja, o próprio cara que é citado como aval da “terapeuticidade” dos OEs por parte da doTerra diz que isso é uma coisa inútil.)

O assunto rende muito pano pra manga e não é possível esgotá-lo numa única postagem, num único vídeo, ainda mais considerando que já palestrei por mais de 2 horas sobre os tópicos pertinentes a este assunto. Mas gravarei um segundo vídeo para esclarecer o que vem a ser “terapeuticidade”, outro conceito muito mal compreendido pelos praticantes de aromaterapia.

Até lá, assista ao vídeo, compartilhe-o, marque seus colegas nele e vamos elevar o nível de compreensão sobre aromaterapia no Brasil, mostrando que somos um mercado de consumidores informados e maduros.

 

Beijo de cheiro, Mayra.

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