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Olá!
No blog de meu estúdio – o Navrattna Yoga do Juvevê – escrevi que depois dos excessos de final de ano é recomendado fazer algum tipo de faxina no corpo, para purificar o organismo dos excessos das festas de Natal e Réveillon.
Mas nesse post falei apenas de comida. Comer demais ou comer errado é o excesso mais óbvio – infelizmente – que cometemos no final do ano. Fazemos isso até sem querer, porque a gente deixa de comer em casa. Daí, já viu: acaba ingerindo gordura que não quer, sal demais, açúcar nem se fala.
Acho que estes tipos de resvalos alimentares são previsíveis e podem ser administrados fazendo-se dietas e ações purificatórias antes e depois das festas de dezembro. Comida, a gente administra.
Mas tem um tipo de excesso que é duro de se livrar, que é o de shopping center.
Eu prometi que não iria a shopping nenhum durante dezembro. Como manipulo cosméticos artesanais com óleos essenciais, decidi que a família toda iria ganhar meus produtos e resolvi a lista de presentes numa única madrugada manipulando umas trintas fórmulas. (Post scriptum: deu certo: todo mundo curtiu, saiu todo mundo cheiroso, feliz e contente de ter recebido um presentinho feito à mão.)
Mas o azar me pegou e eu lembrei que tinha que ir ao shopping antes do Natal pra pagar uma conta na Renner, que nos cobra a mais se quisermos pagar via boleto bancário. Tempo de espera pra pagar o carnezinho: meia-horinha.
Paguei a conta e jurei de novo que não iria mais a shopping nenhum.
Santa ingenuidade: lá estávamos eu e meu marido no dia 26 trocando os brinquedos repetidos que meus filhos ganharam (acredite, é possível ganhar brinquedo repetido!) e as havaianas pequenas que ele ganhou. Não sei o que é pior: fila pra comprar presente ou fila pra trocar.
Por tudo isso, resolvi que quero jejum de shopping. Pelo menos uns dois meses.
Mas olha só o que me aconteceu hoje: viajamos seis horas de São José dos Campos a Curitiba (Régis Bittencuourt, em péssimo estado, toda esburacada) e chegamos aqui na hora do almoço.
Almoçamos num restaurante de rua e ficamos encalorados. (Nada que se compare ao calor no interior de São Paulo. Curitiba é um oásis em meio ao efeito-estufa.) Lembramos que os shoppings são climatizados, com aquele ar-condicionado terapêutico, hum… Zarpamos pro shopping Barigüi.
Esperávamos o caos já no estacionamento. Mas… doçura de janeiro: o shopping estava vazio, vazio, fresquinho, fresquinho…
Então, cheguei à seguinte conclusão: como a gente corre pro shopping porque tá calor, corre porque tá frio, corre porque precisa ou corre porque gosta, o melhor jejum de shopping não é ficar sem ir, mas ir quando ele está assim, ainda de olhos inchados e sem voz depois da ressaca das festas. Todo mundo caminhando devagar, acordando pro novo ano.
Shopping no dia 2 de janeiro é que nem praia às 6 da manhã: só tem você e o mar.
Abraços, Mayra