Casa Máy > As Melhores Partes - Posts > história > Simbolismo e o Significado dos Números – Hajo Banzhaf
Mistério e charlatanismo existem em doses equivalentes nos conhecimentos esotéricos. Você pode ler um livro de astrologia como a prova cabal de por que você não encontrou ainda o amor de sua vida e sucesso financeiro, ou pode colocar o pé no freio do ceticismo e apreciar a leitura como ferramenta de autoconhecimento. Mas há livros que não querem nem converter, nem ajudar: querem apenas informar.
É o caso deste Simbolismo e o Significado dos Números, de Hajo Banzhaf (1949-2009), tarólogo alemão que a orelha do livro nos diz ter sido um dos mais famosos em seu país. Bastante ilustrado, cheio de tabelas, impresso em papel couchê, faz parte daquele acervo show que a editora Pensamento mantém no Brasil como prova de que, sim, é possível fazer livro bom, bonito e barato (viu, d. Cosac?).
Você fará um passeio sobre o significado oculto dos números de zero a 22 ou, melhor dizendo, descobrirá os fatos que, à força de permanecerem associados a determinados números, os tornaram providos de significados ocultos. Sempre fazendo um paralelo com as cartas do tarô, Banzhaf une tradições esotéricas cristãs, judaicas, pagãs, recorre ao islamismo, ao hinduísmo e à mitologia greco-romana para revelar que a humanidade sempre atribuiu aos números muito mais que somente poder de compra.
É particularmente interessante que ele aborde mesmo os números considerados “malignos” com muito bom-senso e, na medida do possível, racionalidade, para desfazer aquela maldição que existe nas artes divinatórias de que o Mal e o Bem existem isoladamente, em vez de serem um a sombra do outro, outro, a sombra de um.
Se você lerá o livro e interpretará os números que lhe aparecerem nos sonhos com base no que ele escreve, lá isso é com você. Não pude descobrir, por mais que eu venha estudando numerologia há quase vinte anos, como combiná-los para ganhar na mega-sena. Mas continuo estudando-os; no mínimo, serve para deixarmos de ser (demasiadamente) supersticiosos.
revisto por Mayra Corrêa e Castro © 2015
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