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Chá: rituais e benefícios – Christine Dattner

Postado às 14:32 do dia 22/09/13

Livro LIN-DO. A Editora Senac São Paulo, quando dá pra investir em livro, investe legal, parece uma Cosac Naif, só que com verba compulsória. Este livro vem envelopado em capa dura, com fitinha pra amarrar, e o miolo forrado de fotografias clicadas por alguém que entende do assunto: Sophie Boussahba. Se não fosse pelo ótimo texto e as informações bem caprichadas sobre chá, já valeria a compra.

Você aprenderá sobre a origem do chá, os principais métodos de beneficiamento das folhas de Camellia sinensis e Camellia assamica, saberá sobre seu consumo na China, Índia, Japão, Sri Lanka, Taiwan, em países árabes, na África, na Europa e nas Américas, passando pelo Brasil. Ainda desfrutará de receitas (onívoras) que harmonizam com chás especiais ou são feitas usando-os como ingredientes, além de receber uma lista de casas de chá imperdíveis a visitar pelo mundo.

Mas o que tira o fôlego realmente são as fotos, com direção de arte, sabe como?

Fiquei apaixonada pelo livro e descobri que a autora ainda escreveu outros dois sobre o assunto: Le goût du thé (Éditions Flammarion, França, 2006),  que compreende dois volumes, um contando a história e outro pra falar sobre métodos de degustação, e Le Livre du thé vert (Plume, França, 2002). No entanto, não pude verificar se de fato ela ainda é proprietária da marca de chás Les Contes de Thé, como diz o livro, pois no site do seu suposto distribuidor, Olivier Langlois, não existem referência à sua marca.

De qualquer forma, ache uma bela mesa pra colocar este livro bem na sua frente. E não esqueça, bien entendu, sua xícara de chá.

Ah, sim, claro, queria fazer uma última observação e acho importante: a autora – ou a tradutora, não sei – , disseram que o chá contém teína. Oras, todos sabemos que contém cafeína, então por que raios falam em teína.? A explicação é que, quando a molécula de cafeína foi isolada pela primeira vez, foi retirada do café. Anos depois, um sujeito isolou uma molécula do chá (tea) e, sem saber que se tratava da mesma que tinha sido isolada do café, deu-lhe o nome de teína. Apenas no século XX é que pesquisadores demonstraram que cafeína e teína eram uma coisa só. A Editora Senac São Paulo poderia ter colocado uma nota pra esclarecer esse ponto. É um único defeito da edição.

 

 

revisto por Mayra Corrêa e Castro ® 2013

 

DATTNER, Christine. Chá: rituais e benefícios. Fotografia Sophie Boussahba. Estilização Marie-France Michalan. Tradução Virgilia Guariglia. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2011.

 

 

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