Casa Máy > As Melhores Partes - Posts > terapia vibracional > A reconexão – Dr. Eric Pearl
Eric Pearl criou um método de cura com imposição de mãos que vem sendo utilizado por milhares de pessoas e já foi ensinado a centenas de terapeutas, inclusive no Brasil, onde ele lota ginásios esportivos a cada curso. Chama-se Cura Reconectiva.
Cura Reconectiva e Reconexão são métodos de curas vibracionais elaborados e transmitidos pelo Dr. Eric Pearl em seminários realizados no mundo todo. Depois de ter ouvido falar sobre o método, fiquei muito curiosa para experimentá-lo, até que (coincidências não existem) uma aluna treinada pelo Eric Pearl esteve em Curitiba e fez uma sessão comigo. Na sequência, fui comprar o livro e é a resenha dele que trago agora.
A Reconexão: cure os outros, cure a si mesmo (Pensamento, 2012) já foi traduzido em 36 idiomas e narra como Eric descobriu a Cura Reconectiva. Mas é também um livro que explica por que a cura não é obrigatoriamente o efeito deste tratamento: devemos entender que existe a cura que queremos e a cura que o Universo quer. No final, acaba sendo a mesma lição de se tirar a melhor experiência daquilo que a realidade oferece.
Para terapeutas que não foram treinados e iniciados no método, a leitura servirá tanto para saberem se querem participar de um treinamento com Eric, quando para refletirem a respeito do arquétipo de Quíron, que fala a todos que se envolvem com a cura dos outros. Quíron era um centauro que tinha conhecimento e habilidade para curar pessoas. No entanto, tendo sido ferido, acidentalmente, por uma flecha envenenada de Hércules, nunca pôde curar a si mesmo. E, como era imortal, padeceu desta chaga até que lhe foi concedida a revogação de sua imortalidade. Quíron fala, portanto, da capacidade que temos de tratar dos outros e de não tratarmos a nós próprios, e do conhecimento de que a experiência da dor e da morte é inevitável e mesmo essencial à vida.
Abaixo trago algumas citações que chamaram minha atenção. Espero que goste:
Curar é melhorar?
“Quando a maior parte das pessoas pensa em ‘curar’, elas se centram na noção de alguém sofrendo de uma doença ou de um ferimento que ‘melhora’. Mas, o que significa ‘melhorar’? Melhor do que o quê? Melhor do que estavam em algum momento do seu passado? Melhor do que outra pessoa?
” ‘Melhorar’ está longe de delimitar uma definição de cura. Pensar dessa maneira nos priva do nosso direito inato de estar em comunhão direta com Deus/Amor/Universo; e, por conseguinte, de sustentarmos a nós mesmo, de curarmos a nós mesmos.
“Curar, como habitualmente tendemos a achar, pode muito bem ser alívio de sintomas, doenças, enfermidades e outras disfunções perceptíveis. Cura é também a restauração da integridade espiritual da pessoa. Em essência, curar é: soltar ou remover um bloqueio ou interferência que nos mantém separados da perfeição do universo. ” (p. 157)
– Sou estudante do UCEM, então não posso deixar de pensar que curar é perdoar, na definição de perdão como milagre, isto é, aquilo que faz com que acordemos e percebamos que nunca estivemos em lugar algum a não ser com Deus.
“O problema não está na cura, mas na expectativa. Eu costumava dizer que nem todos são curados. Já não acredito mais nisso. Agota acredito que todos recebem uma cura – se bem que não necessariamente a que esperavam.” (p. 174)
” Essas pessoas são muito apegadas ao resultado – e é esse apego que interfere, se é que interfere. Um apego é uma constrição, e uma constrição corta o fluxo daquilo que você gostaria que chegasse.” (p. 174)
– Eu sei o que você está pensando, pois penso o mesmo: parece charlatanismo barato nos convencer de que aquela sessão cara a que você se submete pode não te curar porque você não se abriu; sei que parece manipulação dizer que a cura que você recebeu é a cura que te cabia neste latifúndio. Isso isenta 100% o “curador” e culpa “100%” o paciente. Mas realmente não tem como ser diferente enquanto houver mais coisas entre o céu e a terra do que sonha blá-blá-blá.
“Não é a doença ou a enfermidade que é curada, é a pessoa. E, não interessa quantas vezes explico isso nos meus seminários, parece haver um fluxo contínuo de perguntas sobre se esta ou aquela doença pode ser curada.” (p. 195)
– Eric, tô te ajudando aqui. Citei de novo: a pessoa é que é curada.
Curador
” Receba, não envie. (…)
“Mas, como vim a descobrir, ‘Receba, não envie’ era a totalidade da regra. Nessa altura, aceitei verdadeiramente a ideia de que havia sido desposado, embora sem o compreender muito bem, para todo o sempre: Não sou o curador; apenas Deus é o curador, e por qualquer razão, quer eu seja um catalisador ou um recipiente, um amplificador ou um intensificador – escolha a palavra que achar melhor – sou um convidado na sala.” (p. 156)
– A metáfora mais bacana que já li sobre o papel que temos enquanto terapeutas é da flauta. Nós somos os buracos por onde o ar flui na flauta, mas que o sopra é Deus.
“Por uma questão de conveniência, refiro-me por vezes a mim mesmo como sendo um ‘curador’, mas na verdade não sou. Não curo ninguém. Você também não vão curar. Se você é um curador, ou deseja tornar-se um, sua tarefa é simplesmente ouvir, depois abrir-se para receber a energia que lhe permite tornar-se o catalisador para a cura do seu paciente. A cura é uma decisão tomada entre o paciente e o universo.” (p. 161)
– Quão perfeita não é esta frase “decisão entre o paciente e o universo”?
“O Pseudoespiritual mostra-se numa multiplicidade de situações, seja a pessoa que lhe diz ser a moldavita uma pedra avançada demais para você e que deveria começar com uma coisa mais simples, como a pessoa que tenta enchê-lo de culpa cósmica por ter gripe ou a pessoa que não pode deixar em paz a perfeição.” (p. 172)
– Já disse uma vez nessas resenhas que todos somos intrinsecamente vaidosos e buscamos status. Mesmo a pessoa que não se acha vaidosa é vaidosa de não se achar vaidosa. Então, sim, pode acontecer dos lugares onde deveria haver mais espiritualidade ser onde menos há e vice-versa.
“Embora não possamos saber com certeza absoluta exatamente qual é o nosso papel nessas curas, não é certamente o de segunda opinião de Deus ou da Inteligência Universal.” (p. 176)
– Neste trecho, Pearl aborda a intuição dos curados em dizer o que estaria causando o problema do paciente. Ele defende opinião de que o curador reconectivo deve saber o mínimo possível do paciente, para não interferir na cura nem direcionar o que o paciente acha que tem. Concordo.
“Lembre-se: seu objetivo principal num sessão de Cura Reconectiva é impedir que você mesmo seja um obstáculo no caminho.” (p. 262)
– Quão sensacional o mundo não seria se pudéssemos pelo menos não atrapalhar?! Adorei.
“A necessidade de manter nosso ego fora da equação é mais profunda do que você poderia esperar. Por exemplo, muitos agentes de cura querem concentrar-se no como – algo tão aparentemente inócuo como imaginar o paciente ‘saudável’ ou fazer subir a energia pelos seus pés até a cabeça, ou fazê-la sair pelo nariz; colocar o paciente sob luz violeta, ou envolvê-lo em nuvens cor-de-rosa… tentar projetar saúde no paciente de qualquer modo que pensem poder ajudar. Por quê? Porque isso é o que eles ouviram ou que lhes ensinaram no passado. A dúvida já se introduziu aqui. Todas essas coisas são apenas formas diferentes de interferência, Quanto mais você tentar fazer, menos é capaz de ser – e é esse estado de ser, antes de mais nada, que permite à energia fluir através de você. O estado de ser é o que impede o nosso eu de se tornar um obstáculo, permitindo que o nosso Eu se torne parte do processo. É quando nos encontramos nesse estado que a cura chega.” (p. 265-266)
– Não vou nem comentar para que meu eu não interfira na compreensão desta verdade.
Interferências
“Já não precisamos espalhar sal nos quatro cantos, queimar salva [sálvia] ou invocar entidades para proteção. Já não precisamos sacudir a energia negativa das mãos – porque na verdade não existe tal coisa – dentro de bacias de água salgada nem aspergirmos a nós mesmos com álcool ou usar amuletos. Não necessitamos usar nossa mente consciente numa tentativa de determinar o que está ‘errado’ com uma pessoa para sabermos como ‘tratá-la’. Podemos agira permitir-nos ser simplesmente – estar com a pessoa e ‘compreender que a incerteza se resolverá por si mesma…’.” (p. 165)
– Tenho percebido o surgimento de terapias extremamente simples: não regras demais, não há jeito certo ou jeito errado de fazer isso ou aquilo, e nem mesmo o terapeuta precisa intuir ou deixar e intuir, sentir ou deixar de sentir. Vejo a simplicidade do Jin Shin Jiutsu, por exemplo. Saem as superstições e até as interferências ocultas no tratamento, e sobra apenas a entrega confiante. Mistérios não são pra nós resolvermos. É outra coisa que diz respeito apenas ao universo.
“Você pensa realmente que, se acenar com um tamo de flores a um fantasma, ele dará meia-volta a e fugirá aos gritos? Mas só se tiver alergia a pólen. Se um espírito circula por aí, não é por sua causa. Ele tem seus próprios assuntos para tratar, seu próprio propósito para a interrupção do seu ciclo.” (p. 187)
– Heresia, heresia no mundo do espiritismo! rsrs
“Como você pode romper seus padrões de medo? Em primeiro lugar, reconhecendo-os. A luz do reconhecimento dissipa a escuridão sem que você tenha de fazer mais que permanecer consciente. Como pode acelerar o processo? É simples. A cada vez que o medo aparecer, enfrente-o. Se estiver com medo de fazer uma sessão de cura sem sua camesa roxa, evite conscientemente vestir seja o que for roxo nesse dia. Se perceber que está colocando seu cristal preferido no bolso porque acha que ele irá ajudar de alguma maneira, tire-o do bolso e deixe-o em casa nesse dia. Você pode sempre pôr o cristal no bolso ou vestir qualquer coisa roxa no outro dia, mas o poder que você reivindica sempre que perde a ligação com o medo coloca-o muito mais perto do seu objetivo de ser um curador, de perder a ilusão de separação e viver em infinita harmonia.” (p. 188-189)
– Mesmo que você nunca venha a experimentar ou usar a técnica da Cura Reconectiva, vale a pena ler este livro. Eric destrói sistematicamente qualquer fantasia ou superstição ou ritual ou regras no processo de agir como curador. É muito revolucionário.
“Espero que você tenha compreendido que as técnicas são essencialmente rituais para levá-lo a um estado particular de ser. Infelizmente, como muitos de vocês já vivenciaram, o processo de domínio de uma técnica tende a impedi-los de alcançar o estado verdadeiramente pretendido! É como treinar numa bicicleta com rodinhas: elas deveriam ajudar a aprender a andar de bicicleta, contudo, enquanto não as tirar, você nunca andará direito – e nunca viverá a atividade na sua totalidade.” (p. 205)
– Mas, por favor, entenda: primeiro você domina a técnica; depois é que a reinventa. Hoje as pessoas querem primeiro inventar.
Excessos
“Sempre que recorremos a uma garrafa ou um frasco desnecessário, estamos dando a nós próprios os elementos de confirmação da nossa fraqueza intrínseca. Estamos conferindo o poder da nossa verdadeira essência à necessidade de recursos externos. Além do mais, podemos estar nos mantendo encerrados no verdadeiro círculo que pensávamos estar prontos para quebrar: o reforço em nós mesmos da ilusão de que não somos suficientes. Simbolicamente, estamos nos tornando pessoas que carregam malas cuja existência está dependente daquilo que conseguimos carregar em forma de material.” (p. 170)
– Também podemos nos viciar em florais, homeopatia, aromaterapia, Reiki, etc. Qualquer coisa que sirva de muleta. A questão, eu penso, é ter consciência desta muleta e aceitá-la, porque não estou tampouco convencida da necessidade de sermos super-heróis.
Vinde a mim as criancinhas
“O negócio é o seguinte: as coisas são engraçadas. A vida é engraçada. Se você não quer rir, não quer viver. Como diz Ron Roth, autor de Holy Spirit for Healing: ‘Deixe de se levar tão a sério. Ninguém faz isso’.” (p. 182)
– No Sistema dos 13 Aromas, técnica terapêutica de aromaterapia, os óleos essenciais que atuam no chakra coronário, o superior, são os de laranja e limão, dois óleos que não estão associados à espiritualidade como sândalo, olíbano, nardo, cedro, rosa, por exemplo. Então qual é o motivo? A razão é que eles fazem rir e promovem a espontaneidade e o riso – e esta é a chave para nos aproximarmos de Deus.
“Qual é a diferença entre uma oração de agradecimento e uma de pedido? Por um lado, as orações de pedido conduzem a mais orações de pedido. As orações por proteção mantêm sua atenção ficada no medo, levando a mais orações de proteção. Às vezes é bom ouvir constantes pedidos de favores nem fazê-los. Uma oração de agradecimento permite-lhe andar pelo dia confortável na sua relação com o universo. Penso que Deus gosta disso.” (p. 188)
– Deixa eu comentar uma armadilha: você agradecer porque já lhe contaram que quanto mais você agradece, mais você tem. E deixa eu contar uma que ouvi ou li sobre ateísmo: a pessoa passa a vida inteira sem acreditar em Deus e morre. Daí descobre que existe e o que Deus lhe fala? “Filho, você agiu bem mesmo sem mim. Tenho orgulho disso”. Não é ótimo? rsrs
“Você não precisa perder todo o seu medo antes de estar pronto para vivenciar o amor. Pode carregar seus medos nos braços e levá-los consigo para o amor. Porque uma vez que você entre no amor, o medo revela-se a ilusão que sempre foi e o amor é tudo que resta.” (p. 190)
– Então, na próxima vez, vai com medo mesmo.
Medicinas integrativas
“Muitos profissionais de saúde (médicos, quiropráticos e osteopatas) estão introduzindo a Cura Reconectiva nas suas clínicas – alguns discretamente, outros nem tanto. Há um adágio segundo o qual a ciência avança um funeral de cada vez, Em muitos casos, isso é verdade para o prgressos substantivo em qualquer área. Felizmente, a face da medicina começa atualmente mudar. Contudo, é um provesso que tem de acontecer de dentro para fora – e é necessária uma grande mudança no interior antes de, finalmente, a vislumbrarmos no exterior.
“À medida que o público abre os olhos, a medicina abre a mente.” (p. 194)
– Também constato em meus cursos de aromaterapia a presença cada vez maior de farmacêuticos, dentistas, psicólogos e devagarinho, médicos. O medo é o que faz com que não se aproximem em maior quantidade. E, acredite, o medo é recíproco, porque nós também receamos que eles, uma vez detentores do que conhecemos, tirem isso de nosso alcance.