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A biologia da crença – Bruce H. Lipton

Postado às 15:53 do dia 26/07/12

 

Bruce H. Lipton (1944) é um daqueles cientista norte-americanos hippies, que usa laboratórios, método e verbas para explicar o que aparentemente é inexplicável: a porção “espírito” da matéria. Biólogo, escreveu este A Biologia da Crença (2005), que ganhou um prêmio, nos EUA, como melhor livro de ciência em 2006. Esse feito projetou Bruce mundo afora como palestrante da Nova Era. É pra tanto? Sim, o livro dele é ótimo, de simples compreensão sobre uma pergunta assombrosa: se o DNA controla a vida, quem controla o DNA? Sua teoria é de que existe uma espécie de consciência celular, fortemente influenciada pelo meio ambiente físico e energético ao redor, que comanda todas os mecanismos da vida. É o que Bruce chama de a nova biologia, algo que seus amigos de Stanford não estavam muito a fim de discutir.

Desde então, Bruce escreveu mais alguns livros, embora tenha se afastado das cadeiras mais tradicionais nas universidades. Sua vida começou a mudar quando ele desistiu de Wisconsin pelo Caribe. Ao que tudo indica, não pretende ir para nenhum outro lugar que não seja ensolarado e com praia: pelo que apurei, ele trabalha desde 2006 no departamento de quiropraxia numa universidade na Nova Zelândia.

Abaixo coloco as melhores  partes do livro. Vale a pena ler, sobretudo se você for do métier das terapias integrativas.

 

 

Nova biologia

“Acredito que as células podem nos ensinar muito não apenas sobre os mecanismos da vida, mas também como viver de maneira mais rica e completa.” (p. 31)

– Bruce diz que radicalizou no que se refere à epigenética, que vem a ser o estudo de como o meio ambiente determina mecanismos moleculares que, por sua vez, controlam a atividade genética.

“Antes se pensava que os genes eram transmitidos exclusivamente à prole de cada espécie e por meio da reprodução. Agora os cientistas estão descobrindo que os genes podem ser compartihados não apenas entre os menbros da mesma espécie, mas também entre outras.” (p. 56)

– Alguém aí pensou em transgênicos? Não custa lembrar que (1) foi o governo PT de Lula que autorizou em definitivo os transgênicos no Brasil e (2) os transgênicos não são a solução para a fome no mundo. Distribuição de renda e terras e vegetarianismo têm melhores chances.

“As ‘antenas’ receptoras também captam campos de energia vibracional como luz, sons e frequências de rádio. As antenas dessas receptoras de ‘energia’ vibram como diapasões. Se uma vibração de energia no ambiente fizer vibrar uma antena receptora, isso vai alterar a carga da proteína, fazendo com que a receptora mude seu formato. (…) Só desejo explicar que, devido ao fato de as receptoras serem capazes de captar campos de energia, o conceito de que apenas as moléculas físicas têm ação sobre a fisiologia celular é obsoleto. O comportamento celular pode ser controlado por forças invisíveis, incluindo o pensamento, e também por moléculas físicas como a penicilina, o que serve de base científica para o desenvolvimento de medicamentos energéticos que não envolvem produtos farmacêuticos.” (p. 99)

– Essas “antenas receptoras” de que fala Bruce são Proteínas Integrais de Membrana (IMP – Integral Membrane Proteins). Falamos da membrana celular, que Bruce considera o verdadeiro cérebro das células. Acho o parágrafo acima muto importante. Todo mundo sabe que terapias vibracionais funcionam, menos os que nunca as experimentaram.

 

 

Física Quântica

“A física quântica descobriu que os átomos físicos são constituídos de vórtices de energia que giram e vibram constantemente. Cada átomo é um centro que gira e irradia energia e cada um deles tem uma assinatura (movimento) e constituição (moléculas) próprios. Por isso emitem coletivamente padrões de energia que pode ser idetificados. Todo material no universo, incluindo você e eu, irradiamos uma assinatura energética única.” (p. 119)

– Hum, que tal, hein, você se pensar não mais como uma estrelinha no universo, mas como uma assinatura energética inimitável? É um upgrade, não?

 

 

Medicamentos

“Usar medicamentos sob prescrição médica para silenciar os sintomas do corpo é a mesma coisa que evitar ter envolvimento pessoal com o problema. É como tirar férias da responsabilidade de cuidar do próprio corpo.” (p. 134)

– Pois é… Sentiu também o golpe? Mas vamos relativizar: Bruce não está dizendo pra não se tomar medicamento alopático nenhum. Ele apenas está alertando para o nível de dependência da população para drogas lícitas jogadas anualmente no mercado pela indústria farmacêutica, que divulga apenas os benefícios dos medicamentos e não a quantidade de mortes e complicações pelo uso deles. Acho fundamental, em todo sintoma, primeiro um corpo a corpo homeopático e psicoterapêutico e, caso necessário, concomitantemente, a droga alopática. Aliás, acho que o governo brasileiro, se quiser realmente cuidar da saúde da população, deve proibir farmácia de se chamar farmácia, porque farmácia é simpático e não alerta para os perigos. Toda farmácia deveria se chamar drogaria e todo medicamento deveria se chamar droga. Assim, pensaríamos mais vezes antes de tomar um paracetamol (destruidor das prostaglandinas do fígado) antes de uma dor de cabeça que poderia ser resolvida, com um pouco mais de paciência, com repouso, luz escura, óleo essencial de hortelã-pimenta e sumo de limão espremido em água.

 

 

Terapias Quânticas

“Fica claro, então, que ainda precisamos desenvolver muitos estudos e pesquisas sobre essa área tão promissora que envolve a física quântica, a engenharia elétrica, a química e a biologia. Essas pesquisas podem ser muito benéficas, resultando em formas de terapia com menos efeitos colaterais que as drogas convencionais. Irão, porém, apenas confirmar algo que os cientistas e os não-cientistas já ‘sabem’ mas não perceberam ainda: todos os organismos, incluindo os humanos, comunicam-se e leem o ambiente por meio de campos de energia. Por sermos tão dependentes das linguagens falada e escrita, acabamos abandonando o sistema de comunicação por intermédio da sensibilidade energética.” (p. 142)

– Me diga que não fui apenas eu que pensou em partos na água com golfinhos e o relato das parturientes sobre não terem sentido nenhum tipo de dor.

“Também é importante dizer que vivenciar a vitalidade plena é mais que simplesmente eliminar os fatores de estresse. (…) eliminar os fatores de estresse somente nos coloca em um ponto neutro do processo. Para estar bem de verdade, precisamos não apenas eliminar os fatores estressantes como também vivenciar momentos instensos de alegria, amor e satisfação que estimulem nosso processo de crescimento.” (p. 176)

– Insisto sempre: há outras maneiras de obter prazer e alegria que não a academia de ginástica. Para mim, por exemplo, caminhar ao ar livre é fonte de imenso deleite. Praticar yoga, outra. Ler e escrever, a maior de todas.

 

 

Pensamento positivo

“Quando se trata de habilidade de processamento neurológico, a mente subconsciente é milhões de vezes mais forte que a mente consciente. Se os desejos da mente consciente entram em conflito com os programas subconscientes, qual lado você acredita que vencerá?” (p. 151)

A Biologia da Crença não é um livro de auto-ajuda no sentido farsante desse gênero: é um livro escrito por um cientista. Então, ele fala, com todas as letras, que, embora sejamos influenciados por pensamento, “pensar positivo” nem sempre funciona. Por quê? Porque a mente subconscente, que é o depósito de nossas reações instintivas e emocionais à vida, não muda. Quem gera pensamentos positivos é a mente consciente, uma parte medíocre em termos de processamento neurológico. Só para ter ideia, Bruce cita uma estudo sobre essa diferença: enquanto a mente inconsciente (subconsciente) processa cerca de 20 milhões de estímulos ambientais por segundo, a consciente processa apenas 40 no mesmo tempo. Mas, calma, há luz no fim do túnel. São muitas as técnicas para ancorar no nível da experiência corpórea padrões mais positivos para a vida. Bruce traçará este percurso nas páginas finais do livro. Vá lê-lo e anime-se!

“Suas crenças agem como filtros de uma câmera. E sua biologia se adapta a elas. Quando reconhecemos o poder de nossas crenças descobrimos a chave da liberdade. Não podemos modificar nossos códigos de programação genética, mas podemos modificar nossa mente.” (p. 170)

– No livro, Bruce conta que oferece ao público de seu seminário duas tiras de plástico, uma verde e outra vermelha. Pede às pessoas para que coloquem uma tira por vez sobre os olhos e relatem o que enxergam nas imagens que ele projeta numa parede. Obviamente, as figuras transmitem mensagens opostas, uma positiva e outra negativa, conforme o filtro de cor escolhido. Qual a moral: você escolhe como quer ver a realidade.

“Mas antes de terminar este capítulo, quero enfatizar que não há problema algum em viver com uma lente cor de rosa nos olhos. Na verdade, usar um filtro assim é necessário para que nossas células se desenvolvam e sobrevivam com mais facilidade.” (p. 172)

– Por que mesmo criticam as pessoas que pensam que a vida é cor de rosa? Por inveja, por excesso de zelo, por vingança ou por distração?

 

 

Espiritualidade

“Agora que chegamos ao final, gostaria de explicar como meu estudo científico fez com que eu me tornasse uma pessoa espiritualizada (…)” (p. 219)

– Sempre achei que as melhores pessoas para falarem de espiritualidade são os cientistas e que as melhores pessoas para falarem de ciência são os mestres espirituais. Um traz pro assunto aquilo que o outro não vê.

“Imagine o corpo humano como um aparelho de televisão. Você é a imagem na tela. Mas sua imagem não vem de dentro do aparelho. Sua identidade é uma transmissão do ambiente captada por uma antena. Um dia você liga a TV e a imagem simplesmente não aparece. Sua primeira reação é pensar: ‘Que #&*%!! A televisão quebrou’. Mas será que a imagem deixou de existir? Para saber, basta pegar outra televisão, ligar e sintonizar o mesmo canal a que você estava assistindo. A imagem continua existindo mesmo que a televisão tenha ‘morrido’. A morte do receptor não elimina a transmissão do ambiente.

“Nessa analogia, a televisão física equivale à célula. A antena que capta a programação representa nosso conjunto de receptores de identidade e a transmissão representa o sinal do ambiente. Como estamos acostumados com o conceito do mundo materialista newtoniano, podemos imaginar que os receptores de proteína das células são o ‘eu’. Mas isso equivaleria a acreditar que a antena da TV é a fonte da identidade da imagem. Os receptores da célula não são a fonte mas os veículos do ‘eu’ baixados (como um download) do ambiente.” (p. 228-229)

– Que tal? Depois de ter deixado de ser uma estrelinha, passamos a ser uma assinatura energética; agora, somos um download. Sorria, a vida é bela!

 

revisto por Mayra Corrêa e Castro ® 2012

 

LIPTON, Bruce H. A biologia da crença: ciência e espiritualidade na mesma sintonia: o poder da consciência sobre a matéria e os milagres. São Paulo: Butterfly Editora, 2007.

 

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