Casa Máy > Aromaterapia > Como é extraída a oleorresina de alecrim (ORA)?
Se você trabalha com o artesanato do aroma, já deve ter ouvido falar da famosa ORA, a oleorresina de alecrim (em inglês, ROE, de rosemary oil extract).
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Trata-se de um extrato das folhas do Rosmarinus officinalis muito usado na indústria cosmética e alimentícia como antioxidante, ou seja, como inibidor da oxidação de ingredientes e substâncias, sobretudo de lipídeos (gordura).
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Mas a ORA é exatamente o quê? Bom, o mais comum no mercado é que seja um absoluto, ou seja, um extrato cujos ativos foram obtidos com solventes orgânicos, via de regra o hexano, com posteriores processos de purificação e retificação conforme a finalidade, como, por exemplo, uma segunda extração em etanol.
Então, ele costuma ser extraído como os absolutos da perfumaria (jasmim, baunilha…).
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Poderíamos chamar a ORA de ABS? Sim, mas o mercado convencionou chamar de oleorresina.
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Mas na busca por preservar os compostos fenólicos e triterpenos do alecrim, outros tipos de solventes podem ser usados na indústria, como éter, metanol, acetona, acetato de etila e até mesmo tetrafluoretano. Extração com fluido CO2 supercrítico também é possível e assim como combinação de técnicas, como por microondas. Vai depender da finalidade de uso e do valor que se quer pagar pelo produto.
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Ao consumidor final, no Brasil, o mais provável é que estejamos comprando o produto que passa primeiro pelo hexano e depois pelo álcool etílico. Algum problema? Nenhum. O residual de hexano deve ficar em níveis autorizados e tem coisa muito pior e mais abundante na alimentação e nos cosméticos pra você se preocupar. Use sossegado.
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Alguma dúvida ainda sobre a ORA?
Beijo de cheiro, Mayra.