A qualidade mais importante de um terapeuta é sentir

Nós dedicamos boa parte de nossa formação como aromaterapeutas, senão a sua totalidade, a adquirir conhecimento.

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Mergulhamos por centenas e centenas de horas em assuntos como farmacologia dos OEs, etiologia de patologias, anatomia e fisiologia, química dos OEs e métodos de extração, psicologia do olfato, tradições médicas e seus pressupostos, teorias do funcionamento psíquico, etc. etc. etc..

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É uma vida dedicada ao saber.

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Então, na hora de pôr tudo isto em prática, no momento do encontro com nosso interagente – , podemos ficar paralisados ante a urgência do sentir: como aplicar a empatia, como encontrar a fonte da dor moral e emocional subjacente aos não ditos, com enviar a mensagem correta, como manter o distanciamento pra avaliar o que está ocorrendo sem perder a solidariedade e tantas outras questões.

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A educação do sentir – que sempre foi a tônica na formação de terapeutas holísticos – pode estar ameaçada por uma hipervalorização na educação do saber e na pressão (mais autoimposta que imposta) por validação científica.

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As fórmulas de marketing social, forjadas na construção de autoridades, também contribui pra afastar o terapeuta do afeto, empurrando-o pro intelectivo.

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Você certamente precisa de instrução pra ser um terapeuta. Mas seu interagente não precisa de alguém que apenas “saiba” – com o tempo, este saber será inclusive substituído pela Inteligência Artificial; do que seu interagente precisa é de alguém que também o sinta e se conecte com ele no nível emocional.

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Um terapeuta educa seu saber. Um bom terapeuta também educa seu sentir.

Beijo de cheiro, Mayra.