As muitas sálvias que produzem OE

Se você quer um gênero de planta aromática que tem trocentas espécies, este é a Salvia. Com espécies nativas na Europa, África, Ásia e algumas endêmicas na América do Norte, o gênero dá origem a OEs que parecem possuir tropismo pro aparelho feminino e a OEs que configuram também entre aqueles com maior restrição de uso.

As espécies mais conhecidas são a S. sclarea, rica em linalol e acetato de linalila, a S. officinalis, rica em tuiona, cânfora e cineol, e a S. fruticosa (S. triloba), rica em cineol.

Entretanto, outras espécies produzem OE:

– S. desoleana, rica em ésteres como a sclarea;

– S. lavandulaefolia, rica em pinenos e cineol;

– S. pomifera, rica em tuionas;

– S. apiana, rica em cânfora, cineol e borneol.

As espécies citadas também produzem muitos quimiotipos; então, com sálvias, o melhor é sempre ter uma cromato em mãos pra saber que tanto de composto tem no OE.

A principal contraindicação dos OEs de sálvia vem da tuiona, uma cetona neurotóxica, quase sempre acompanhada da cânfora nestes OEs. Já a contraindicação do OE por sua ação estrogênio-like é polêmica: é dada como certa na literatura francesa, devida ao esclareol, mas descartada por alguns autores, pelo menos quanto ao esclareol mimetizar o estrogênio. Seja como for, desde o Antigo Egito que as sálvias acompanham a mulher em infusões, emplastros e extratos. Já a nota olfativa é muito usada em perfumaria masculina por agregar frescor e rusticidade.

E você, é do time sálvia ou ainda tem receio de usá-las? Me conte, quero saber.

Beijo de cheiro, Mayra.