Casa Máy > Aromaterapia > Regra número 1 da inalação: Gostar do cheiro!
Há poucas regras na aromaterapia como, por exemplo, diluir os OEs antes de aplicá-los na pele (conhece nosso mantra?), não usar hortelã-pimenta com menores de 3 anos, não pingar OEs dentro do olho.
Uma delas, relativa à inalação, é bastante simples e, embora seja intuitiva, é quase sempre ignorada por uma banalização da psicologia do trauma. A regra é:
– apenas inale OEs ou misturas de OEs dos quais você gosta.
Por que é intuitivo fazer inalação apenas se estivermos gostando do cheiro? Ora, você já tentou sustentar um tratamento aromaterapêutico com OEs cujo cheiro você não suporta?
Pra além desta obviedade, existe a questão – que vem dos estudos sobre psicologia do olfato (Rachel Herz, Avery Gilbert, Aradha Krishna) – de que a ação farmacológica de uma fragrância pode se manifestar contrariamente ao esperado quando quem a inala não gosta dela (ou quando gosta dela, que é o oposto).
Então, pegue um OE sedativo. Inale-o. Não goste do cheiro. Em vez de sair sedado da experiência, você sairá em estado excitado.
E de onde vem aquela ideia de que o “cheiro de que você não gosta é o cheiro do qual você precisa”? Vem de uma banalização dos estudos sobre traumas, que dizem que eles podem ficar soterrados por gatilhos que evitamos. Ainda que isto seja verdadeiro (em alguns casos), com relação a cheiros isto nem sempre é real. Há boa chance de que pessoas não gostem de determinados cheiros por não gostarem mesmo, sem que isto tenha a ver com traumas.
Então, se você quiser tirar o melhor benefício da experiência com OEs, inale apenas aquilo de que gostar. E se você acredita que cheiros ruins devem ser inalados pra que você descubra algo oculto sobre um trauma seu, experimente inalar fezes. Bom, sempre tem chance de você descobrir o quanto foi traumático sair das fraldas, né?
Freud também descobriu isto, mas não precisou que ninguém ficasse inalando seus próprios excrementos.
