Casa Máy > Aromaterapia > Estudar aromaterapia: qual curso fazer primeiro? – Pergunta 2C
Qual curso de aromaterapia fazer primeiro se seu objetivo for trabalhar com a venda de óleos essenciais e produtos aromaterapêuticos? Bom, já gravei um vídeo na verdade pra falar sobre isso, mas acho que posso acrescentar mais algumas sugestões.
2C) Qual curso fazer por primeiro? Venda de Óleos Essenciais.
Então, este vídeo que comentei, “Vendendo Óleos Essenciais”, pode ser assistido aqui. Acho que tá quase tudo lá, sendo que o mais importante (e você não precisa concordar comigo) é que eu faço uma distinção entre ser um aromaterapeuta e ser um vendedor de aromaterapia. Acho que são duas coisas diferentes, embora possam estar relacionadas. Pra estarem relacionadas, a condição é:
– O vendedor precisa ser uma aromaterapeuta (formado, com certificado em alguma escola, treinado por algum professor e não apenas pela força de treinamento da empresa de quem vende os OEs; explico isso adiante) ou
– O aromaterapeuta precisa vender óleos essenciais.
Se nenhuma destas situações ocorrer, então vendedor de aromaterapia é uma coisa, e aromaterapeuta é outra coisa.
Se fôssemos encarar os óleos essenciais (a matéria-prima chamada óleo essencial) como um produto que tem finalidade terapêutica, é quimicamente ativo, blá-blá-blá, estamos falando de um produto que age na saúde da pessoa, para o bem (quando bem usado) ou para o mal (quando mal usado). Assim sendo, posso fazer a seguinte comparação: apenas em alguns casos você chega na farmácia e compra remédios por conta própria (comprar pra coisas simples, como um resfriado, uma dor de cabeça, uma azia, uma cólica, etc, normalmente sintomas agudos e apenas aqueles remédios de venda livre). Você às vezes se informa com o farmacêutico de plantão, às vezes não, pois o remédio que você quer está à disposição. Agora, tem muito mais vezes em que você compra um remédio porque você se consultou com um médico ou com um dentista. Neste caso, ainda que o farmacêutico tenha uma opinião sobre que remédios você poderia usar, é a opinião do seu médico e a receita dele que contam. Me acompanhou até aqui? Pois bem.
Agora imagine no lugar da farmácia uma loja de aromaterapia. Imagine que haja óleos essenciais que são de uso fácil e seguro, que você pode comprar como se fosse um remédio pra aliviar um resfriado, uma dor de cabeça, uma cólica. Sem muita necessidade de instruções, você apanha este óleo essencial e o usa conforme as recomendações do rótulo. Você até pode pedir as informações do vendedor que, como uma farmacêutico, poderia ou não te sugerir algo diferente. Aqui já temos um problema: se sabemos que um farmacêutico tem formação suficiente pra nos falar sobre remédios, o que garante que o vendedor de óleos essenciais tem uma formação adequada pra nos sugerir o que quer que seja? Bom, mas suponhamos que sim, que ele tenha, nós também podemos imaginar situações em que você se consultou com um aromaterapeuta ou um profissional de saúde com especialização em aromaterapia, e você chega na loja com uma instrução pra usar tais e tais óleos, de tais e tais jeitos. Depois de ter passado por uma consulta, quão disposto você estaria a mudar de opinião em função do que aquele vendedor lhe recomendar? (Se for difícil imaginar, volte ao exemplo do médico/farmacêutico: quanto você estaria disposto a usar um remédio diferente daquele recomendado por seu médico em função da opinião do farmacêutico?). Se você for como quase todo mundo, sua disposição seria mínima. E por quê? No mínimo, porque aquele aromaterapeuta fez uma anamnese decente sua, olhou o diagnóstico que você recebeu do médico, considerou como os óleos essenciais podem ser combinados ao tratamento convencional que lhe foi recomendado, sem interferir negativamente nele, agindo de forma complementar, segura e eficaz. Então, esta é a diferença entre comprar óleos essenciais apenas com a orientação de um vendedor ou com a consulta e orientação de um aromaterapeuta.
Mas falei antes que há certos casos em que não precisaríamos de uma consulta com um aromaterapeuta – assim como não precisamos passar por um médico pra comprar, por exemplo, um antitérmico. (Claro que, conforme a gravidade do sintoma ou sua duração, sempre recorremos a um médico.) Então, pra atender estas situações é que um vendedor de óleos essenciais faria bem de estudar aromaterapia. Ah, sim, claro, ele sempre poderá se contentar em receber treinamentos da força de vendas da empresa que representa mas, sinceramente, ISTO NÃO BASTA. (Novamente, você não precisa concordar comigo, mas gostaria de pedir que considerasse a hipótese, pelo menos, porque todos amamos a aromaterapia e a queremos cada vez mais bem representada e acreditada perante a sociedade, não?)
Isso não basta porque mesmo a venda mais rápida de óleos essenciais, mesmo a venda mais simples de óleos essenciais são míni-atendimentos de saúde complementar. E quem se mete a fazer atendimentos neste ramo da saúde complementar que é a aromaterapia, não pode simplesmente achar que sabe o suficiente recebendo apenas treinamento de uma única fonte, seja ela uma empresa de aromaterapia, um professor, uma escola. Quem faz de sua vida profissional o cuidado com a saúde do outro, deve estudar com vários professores, com várias escolas. Deve, se for o caso, receber treinamento de várias empresas (imagine um médico que só aprendeu sobre medicamentos da Aché, por exemplo; loucura, né?).
São os profissionais dedicados à educação e são as empresas/organizações/instituições dedicadas à educação que mantêm o conhecimento sobre saúde (medicamentos convencionais, fitoterápicos, óleos essenciais, técnicas terapêuticas, métodos de diagnósticos e exames) isento de todo o marketing de empresas que vendem estes produtos/serviços e de toda a meta de distribuição de lucros seus acionistas. (Sim, claro, sabemos como pesquisas podem ser patrocinadas por laboratórios. Mas imagine o estrago se isso começar a ocorrer também na nossa área da aromaterapia… Imagine o estrago se as empresas de aromaterapia começarem a controlar o que sabemos sobre os óleos essenciais… Podemos imaginar elas escondendo contra-indicações, abusando de posologias, negando efeitos colaterais, omitindo sobre eficácia. Seria um horror, não seria?)
Então, por tudo isso que eu expliquei acima, acho que, se você quer vender a matéria-prima chamada óleo essencial (o OE puro, no frasco), você deveria fazer um bom curso de aromaterapia. (Novamente, você pode discordar de mim). Acho ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO que este curso não seja feito com representantes da própria empresa cujos óleos essenciais você venderá. (Expliquei por quê acima.) Acho que você deveria estudar com professores independentes. escolas independentes desta marca que você comercializa além de, é óbvio, receber o treinamento deles e, por que não, de empresas concorrentes.
Dito (tudo) isso, quais cursos fazer primeiramente? Se você quer algo rápido, pelo menos pra ter um ponto de vista diferente daquele da empresa cujos OEs você vende, sugiro as 4 aulas do Treinamento Básico. É rápido, indolor e sem efeito colaterais. Você continuará apaixonado pela empresa que aprendeu a amar, mas se sentirá seguro em indicar OEs sabendo que, pelo menos, besteira grande você não fará (nem no curto prazo, nem no longo prazo, porque efeitos acumulativos com aromaterapia OCORREM).
Mas, se você estiver realmente disposto a ser um aromaterapeuta que também vende OEs, você precisa cursar uma formação completa em aromaterapia. Neste caso, por onde começar? Acho que o Introdução IBRA ou o Fundamento IBRA está de bom tamanho pra início de conversa. Depois, mais pra frente, você completa ou a formação do IBRA ou alguma outra.
Antes de encerrar, deixa eu frisar que as minhas indicações acima são pro caso de você vender a matéria-prima óleo essencial (o OE puro, no frasco). Caso você só venda produtos cosméticos/produtos acabados que contenham óleos essenciais, neste caso, um bom treinamento de vendas deve bastar. Se ficou com dúvidas sobre isso, assista ao vídeo “Vendendo Óleos Essenciais” – ficará mais claro.
Obrigada por ter acompanhado esta série de 4 postagens sobre “Qual curso estudar?”. Deixe seus comentários aqui pra trocarmos ideias.
Te vejo numa sala de aula!
Beijo de cheiro, Mayra.