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Aromaterapia para sua casa – complemento à matéria do Hagah

Postado às 19:37 do dia 12/04/11

Recentemente dei uma entrevista ao site Hagah falando como aromatizar ambientes.

Não tive oportunidade, na entrevista, de esclarecer a diferença entre marketing olfativo e harmonização de aromas e ambientes, nem a diferença entre essências sintéticas e óleos essenciais naturais. O espaço da entrevista foi pequeno.

Sendo assim, passo aqui no site não apenas o link da reportagem, que ficou bem bacaninha, além do texto que enviei por email e acabou, por falta de espaço, não sendo publicado.

Um abraço de cheiro, Má.

***

Link da reportagem: http://casa-e-jardim.hagah.com.br/especial/pr/decoracao-pr/19,0,3251182,Aromaterapia-para-sua-casa.html

Parte da entrevista que não pôde ser publicada:

PERG: O que cada fragrância representa (lavanda, aloe vera, cravo, jasmim… São afrodisíacos? Dá equilíbrio?)

RESP. MAYRA: Em primeiro lugar, é preciso diferenciar a aromatização de um ambiente através de óleos essenciais e através de essências sintéticas. A maior parte da aromatização de ambientes feita no Brasil é com essências sintéticas, pois elas oferecem preço, flexibilidade e aplicabilidade para os mais diferentes tipos de ambientes. Os efeitos da aromatização de ambientes com essências sintéticas são estudados pela ciência da Aromacologia e usados, sobretudo, como ferramente de marketing ou branding olfativo. O efeito é sempre estimular de forma inconsciente, no cliente, determinada associação positiva entre marca e aroma ou entre experiência de compra e aroma. As essências sintéticas não são terapêuticas no sentido em que os óleos essenciais podem ser. Isso não quer dizer que não tragam a memória de comportamentos agradáveis, como prazer, relaxamento, alegria, satisfação. Já os efeitos dos óleos essenciais no organismo são estudados pela ciência da Aromatologia e, como tais, encaixam-se no campo da Fitoterapia, sendo já aplicados por aromaterapeutas em todo o Brasil, mas também por médicos, inclusive no sistema nacional de saúde de alguns países, como França e Alemanha. É possível aromatizar um ambiente exclusivamente através de óleos essenciais – que são extratos voláteis e aromáticos puros de plantas. Entretanto, a aromatização de ambientes com óleos essenciais é mais cara e às vezes menos produtiva que com essências para grandes ambientes como os de uma loja ou restaurantes se forem, ainda por cima, climatizados com ar refrigerado. Por outro lado, a aromatização com óleos essenciais – quando comercial e tecnicamente viável em um espaço residencial ou comercial – traz vantagens em relação àquela feita com essências sintéticas porque: os óleos essenciais são terapêuticos, atuando tanto no nível físico, quanto psicológico e energético do ser. Através de um óleo essencial de eucalipto e alecrim, por exemplo, é possível tanto trazer a sensação de refrescância para um ambiente quanto tratar sintomas respiratórios como rinite alérgica ou prevenir a contaminação ambiente por vírus e bactérias, algo que as essências sintéticas não fazem de modo nenhum. Uma essência sintética de jasmim, por exemplo, só seria afrodisíaca na medida em que pudermos associar, via memória olfativa, o aroma desta flor ao ato do amor. Mas não há nada numa essência sintética de jasmim que provoque reações químicas excitantes, como existe, por exemplo, no óleo essencial de patchouli, que atua no eixo-hipófiso-ovariano e testicular. Alguém pode ouvir que o aroma de capim-cidreira relaxa, mas se usar uma essência sintética de capim-cidreira, a pessoa poderá relaxar apenas se tiver, em sua memória olfativa inconsciente, a associação de que o aroma do capim-limão é relaxante. Ao contrário, se ela usar um óleo essencial de capim-cidreira, era certamente irá relaxar pelo efeito que o citral, ativo químico majoritário do óleo essencial, possui como vasodilatador, algo inexiste na essência sintética. Além disso, é comum essências causarem sensibilizações e, eventualmente, reações alérgicas, coisa que com óleos essenciais acontece apenas raramente.

Não existe, por exemplo, um aroma natural de aloe vera para ser colocado no ambiente, simplesmente porque não existe óleo essencial de aloe vera, embora a planta seja aromática. O que se encontra no mercado é a sintetização do aroma da planta recriado em laboratório. Isto é muito importante de ficar explicado poque pega-se o aroma de lavanda, por exemplo. A lavanda é tida por ter um aroma relaxante, refrescante, que convida à liberdade. Muitos a associam a quartos de bebê ou de avós, porque a lavanda era um aroma em voga no passado e ainda hoje usada em cosméticos infantis. Entretanto, muitas das propriedades da lavanda estão contidas em dois compostos do óleo essencial: no linalol e no acetato de linalila. Uma essência sintética de lavanda irá relaxar apenas pelo mecanismo de associação olfativa, mas não de fato, como ocorre com o óleo essencial, dadas às características marcadamente sedativas destes seus compostos oxigenados.

Toma-se o aroma do cravo, por exemplo, que, além de revigorante e tônico, também é antisséptico e anestésico. Por mais que se inale uma essência de cravo, jamais se irá tratar uma infecção respiratória, o que imediatamente acontece com a inalação de seu óleo essencial puro, já que neste está presente alguns compostos, como no eugenol, poderoso antisséptico.

Um aroma sintético só poderá equilibrar na medida em que o cérebro interpretar aquele aroma como algo que, em suas memórias, confere equilíbrio. Mas nunca de fato como ocorre, por exemplo, com o óleo essencial de ylang ylang, comprovadamente ansiolítico e hipotensor, ou, por exemplo, o óleo essencial de rosa, que é capaz de equilibrar a frequência energética do corpo humano como já se comprovou em diversos estudos. Neste caso, os óleos essenciais puros aproximam-se de outras terapias energéticas amplamente aceita, inclusive pela medicina e odontologia, como a homeopatia, a acupuntura e os florais. Não se sabem até o momento, que essências sintéticas tenham esta capacidade.

Aqui estão links de matérias que já escrevi sobre o assunto e você pode consultar também neste site:

Marketing Olfativo ou Harmonização de Aromas e Ambientes?

Aromas para Festas de Final de Ano

Curitibites, curitiboses e outras aflições respiratórias de quem vive em Curitiba

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